Veio ao mundo em 1953, numa quinta-feira de lua nova, numa praia do Atlântico Sul em Angola (Lobito), de pais também por lá nascidos. Ali cresceu e completou o liceu, ali o apanhou o conflito armado que levou à Dipanda, a independência, em 1975. Dez anos depois, fugindo à guerra e a alguns percalços a que o conduziram certas vias de esquerda, mi...
Veio ao mundo em 1953, numa quinta-feira de lua nova, numa praia do Atlântico Sul em Angola (Lobito), de pais também por lá nascidos. Ali cresceu e completou o liceu, ali o apanhou o conflito armado que levou à Dipanda, a independência, em 1975. Dez anos depois, fugindo à guerra e a alguns percalços a que o conduziram certas vias de esquerda, migrou, com a família, dos trópicos para as neves de Montreal, em pleno Inverno canadiano. De Montreal a Otava, ganha a sua nova vida como consultor em informática para o governo federal canadiano. Com o rolar dos anos (e das rotativas tipográficas), foi deixando na esteira da vida alguns romances e uma recolha poética. Utilizou as línguas de Camões e de Molière, interessando-se sobretudo por figuras lusófonas que marcaram a história do Canadá. Regressa à sua língua natal a bordo destas memórias
Autor(es): Carlos Taveira (Piri) Uma história angolana e portuguesa De aguardente velhíssima em punho, Bento Kissama metralha o teclado, acordando memórias da Guerra Civil Angolana, na qual se bateu, disparou obuses e matou sem vontade. Escreve-as no seu refúgio de Olhão, um albergue comprado com dinheiros herdados e lavados, onde enriquece, engorda e...
Autor(es): Carlos Taveira (Piri) Quase todos os partos das nações fazem-se na dor, e Angola não foi excepção. Em finais de 1976, a cadeia de São Paulo, em Luanda, estava nas mãos da DISA, a polícia política do regime angolano sob a presidência de Agostinho Neto.