é um dos mais reputados médicos e microbiologistas mundiais. É francês, nascido em 13 de Março de 1952, no Senegal. Investigador e professor universitário de Bacteriologia, Virologia e Higiene Hospitalar na Faculdade de Medicina de Marselha, é médico hospitalar e especialista em doenças infecciosas, em particular no campo dos micróbios emergentes. Raoult, com a sua equipa, foi o primeiro a isolar mais de 20 % das bactérias isoladas em humanos, e mais de 50 % das arqueobactérias do homem. Raoult está também na origem da descoberta de quatro famílias virais, o primeiro vírus gigante Mimivirus, o Marseillevirus, o Faustovirus e o Sputnik, um virófago, um vírus que requer a co-infecção de outros vírus. Raoult é também uma referência mundial para a febre Q e para a doença de Whipple. Segundo o ISI Web of Knowledge, Raoult é o sétimo entre os microbiologistas de todo o mundo mais citados, fazendo parte da lista dos 400 autores mais citados no universo biomédico. Integrou o Conselho Científico da COVID-19 de França. Em 16 de Março, partilhou um vídeo com os resultados iniciais do seu estudo, recomendando o uso de cloroquina no tratamento da COVID-19. A sua defesa da hidrocloroquina, que usou em mais de dez mil doentes, em Marselha, foi objecto de viva polémica, levando-o a um encontro com o presidente francês Emmanuel Macron e a uma audição na Assembleia Nacional, e dando lugar a um conflito jurídico com a classe médica francesa, com queixa da Ordem dos Médicos Franceses contra Raoult e vice-versa. Ao longo da sua carreira, recebeu várias distinções, como o prémio da Fondation française pour la recherche (2003), do INSERM (2010) e da Fondation Louis D. – Institut de France (2015). Recebeu a Legião de Honra (cavaleiro e oficial). É autor de vários livros de divulgação.