A obra de Jorge de Sena é perturbante e grandiosa.

O Jorge de Sena ficcionista – de Andanças do Demónio aos Sinais de Fogo – é de uma iconoclasta afirmação do amor e da sexualidade como não se encontra em nenhum outro contista, novelista ou romancista português. Os contos, novela e romance de Sena levam-nos muito além das «quatro paredes da incestuosa aldeia mental que os portugueses transportam consigo pelo mundo ou erguem no país, e em que a liberdade do sexo (bem maior que a dos outros povos) se reduz a uma espécie de conivência clandestina» para citar palavras suas.

A surpresa do ensaísta Jorge de Sena está na forma como confere grandeza a cada tema que ataca: seja a perenidade do amor na literatura portuguesa, seja a análise do O Príncipe de Maquiavel, seja o paralelo entre Camões e Shakespeare, Sena empurra o leitor para visões ecuménicas e cosmopolitas, varrendo o tímido paroquialismo português.

As Novas Edições de Jorge de Sena que a Guerra e Paz tem a honra e o orgulho de apresentar voltam a pôr em evidência tudo o que em Jorge de Sena é escândalo, erudição, transcendência, emoção pura e universalidade.

Em Março, a Guerra e Paz leva às livrarias portuguesas, Andanças do Demónio e O Físico Prodigioso , do ficcionista Jorge de Sena. Do ensaísta Jorge de Sena, um livro para descobrir, Amor: o título curto esconde uma assombrosa viagem literária.