É com muita alegria que a Guerra e Paz comunica que o romance Cuéle – O Pássaro Troçador, do escritor angolano Jorge Arrimar, foi distinguido com o VI Prémio de Literatura dstangola/Camões.
O júri desta edição – que este ano distinguia obras de prosa de autores angolanos publicadas em 2022 e 2023 – decidiu outorgar o galardão «por unanimidade» à obra editada pela Guerra e Paz em Novembro de 2022.
Trata-se de «um fresco grandioso e muito bem documentado sobre uma região de Angola raramente presente na nossa literatura», avançou o júri composto pelo jornalista, dramaturgo e realizador José Mena Abrantes, o poeta David Capelenguela e a escritora Amélia Dalomba, acrescentando que a obra concilia «com naturalidade, num estilo simples e fluido, reminiscências de figuras relevantes da época e da sua própria história familiar e factos históricos profusamente documentados, que revelam tanto o esboço de uma harmonia possível no contacto entre duas culturas diferentes como a violentação de uma pela outra na concretização da ocupação colonial».
O galardão, no valor de 15 mil euros, será entregue ao vencedor, na quantia correspondente em kwanzas, em Angola, em abril do próximo ano.
Instituído com a missão de celebrar livros editados em poesia e prosa de autores angolanos de prestígio, o Prémio de Literatura dstangola/Camões já distinguiu nomes como Zetho Cunha Gonçalves em 2019, Pepetela em 2020, Benjamim M’Bakassy em 2021, Boaventura Cardoso em 2022 (com Margens e Travessias, que a Guerra e Paz publicou em Outubro de 2021) e João Melo em 2023.
Recorde-se que, no âmbito do protocolo assinado em 2019 com o Instituto Camões, foi criada, no Centro Cultural Português em Luanda, a sala de leitura dstangola, que recebeu do dstgroup milhares de livros, no valor de mais de 12.500 euros, tendo sido contemplado um reforço de seis mil euros, em cada um dos três anos subsequentes.