António Manuel Barbosa, de Filipe S. Fernandes, não é apenas o retrato do primeiro economista nomeado ministro das Finanças, no Estado Novo, e Governador do Banco de Portugal; é também a crónica de vida do homem que dignificou o ensino da Economia no país, até então inexistente.
António Manuel Barbosa, de Filipe S. Fernandes, não é apenas o retrato do primeiro economista nomeado ministro das Finanças, no Estado Novo, e Governador do Banco de Portugal; é também a crónica de vida do homem que dignificou o ensino da Economia no país, até então inexistente.
Nascido em 31 de Julho de 1917 na Murtosa, em Aveiro, António Manuel Pinto Barbosa licenciou-se, aos 23 anos, e com distinção, em Ciências Económicas e Financeiras no ISCEF, onde ficou a licenciar.
Depois do doutoramento, tornar-se-ia o grande autor da reforma da instituição, ao abrir portas, em 1949, às modernas teorias económicas, naquela que foi considerada «a Refundação do ISCEF».
De grande força anímica, e apesar de se considerar um universitário, foi político – subsecretário de Estado, ministro das Finanças e governador do Banco de Portugal –, durante grande parte da sua vida, tendo sido um dos principais defensores da abertura de Portugal aos organismos internacionais e à entrada na EFTA.
Depois do 25 de Abril de 1974, impedido de leccionar no ISCEF, partiu para Basileia, para desempenhar o cargo de consultor do Banco de Pagamentos Internacionais. Regressou ao ensino na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, onde leccionou até 1987.