Este livro inaugura uma série de cinco livros com o título TRÊS SÉCULOS DE ECONOMIA PORTUGUESA, da autoria de cinco economistas, analisando o período que vai do século XVIII ao presente.
Este livro inaugura uma série de cinco livros com o título TRÊS SÉCULOS DE ECONOMIA PORTUGUESA, da autoria de cinco economistas, analisando o período que vai do século XVIII ao presente.
Portugal no Revolução Comercial, de José António Cortez, defende que, ao contrário do que sustenta uma corrente da historiografia nacional, o século XVIII não foi um século de mero despesismo, retrocesso ou decadência económica: Portugal era então um país respeitado e ouvido nas cortes europeias, e dispunha de uma plêiade de diplomatas notável.
O estudo do século XVIII ajuda-nos a compreender o Portugal dos nossos dias: é durante esse período que decorre a primeira tentativa séria de promover uma política de desenvolvimento com base na nossa estrutura produtiva. Nessa política estão presentes duas marcas estruturantes da economia portuguesa: por um lado, o papel do comércio como âncora de crescimento e, por outro, a intervenção central do Estado na economia. Com uma diferença fundamental: foi com as políticas de fomento pombalinas que o comércio deu lugar a uma indústria nacional assente na constituição de uma classe de investidores e empresários privados.
Um fomento limitado, incompleto, mas que criou uma cultura de progresso conducente com o pensamento iluminista europeu, e que se expressou nas reformas do sistema de ensino e da nossa administração pública.