Autor(es): Américo Brás Carlos
Como refere o Prof. Fernando Rosas no prefácio deste livro, «Américo Brás Carlos estuda a greve dos jornaleiros de Azambuja em 8 de maio de 1944, fazendo-a preceder de uma síntese muito expressiva do que eram as condições de vida e de trabalho das trabalhadoras e trabalhadores
rurais do Ribatejo durante a II Guerra Mundial».
Como refere o Prof. Fernando Rosas no prefácio deste livro, «Américo Brás Carlos estuda a greve dos jornaleiros de Azambuja em 8 de maio de 1944, fazendo-a preceder de uma síntese muito expressiva do que eram as condições de vida e de trabalho das trabalhadoras e trabalhadores
rurais do Ribatejo durante a II Guerra Mundial».
Era uma vida de dureza e injustiça hoje inimagináveis. Ao desemprego sazonal do outono à primavera e aos salários abaixo das condições de subsistência impostos pelo Governo, juntavam-se a subnutrição crónica e as longuíssimas jornadas de trabalho, de sol a sol, que, a partir de abril/maio, iam das seis horas da manhã às nove da noite, a que acresciam as necessárias para ir e vir a pé dos locais de trabalho, quase sempre muito distantes.
Não obstante ter determinado a prisão de sete dos trabalhadores rurais grevistas pela polícia política e a sua permanência, por muitos meses, nos cárceres de Caxias, Aljube e Peniche, tinha pousado sobre aquela luta um esquecimento de 75 anos.
Américo Brás Carlos conseguiu reconstituir aqueles factos, fazendo justiça à memória dos que, então, lutaram pela sua dignidade e por um futuro melhor.