Autor(es): André Brun
A Malta das Trincheiras é uma humaníssima abordagem do comportamento humano, feita com raros humor, sensibilidade e respeito pela dor e pela dignidade do ser humano. Poucas narrativas de guerra, nos países que viveram o trágico conflito, têm estas características.
A Malta das Trincheiras é uma humaníssima abordagem do comportamento humano, feita com raros humor, sensibilidade e respeito pela dor e pela dignidade do ser humano. Poucas narrativas de guerra, nos países que viveram o trágico conflito, têm estas características.
Isso deve-se ao facto de André Brun, português de origem francesa e obrigado a combater em território francês, ser um talentoso cronista do quotidiano pequeno-burguês. Se é certo que fala do medo, do sofrimento e da morte, também é certo que procurou nas contradições da natureza e da condição humanas aquilo que um humorista sempre procura quando admite que o riso seja temperado com o sal das lágrimas.
Este é um homem que viveu no inferno das trincheiras («trinchas», na gíria dos combatentes), que viu matar e morrer, que chegou escritor e regressou herói e que nunca se esqueceu de que, mesmo no vórtice do desespero e da privação de quase tudo, existe sempre lugar para a esperança que cabe na centelha de sol de um sorriso. PREFÁCIO José Jorge Letria · POSFÁCIO Teresa Carvalho