Autor(es): Sílvia Torres
Armor Pires Mota conseguiu relatar a guerra da Guiné, com pormenores manchados de sangue e lágrimas, através de um jornal regional ao qual a censura não deu importância. Fernando Gonçalves criou o «Zé Povinho da Guerra Colonial» em Angola e pintou humoristicamente o conflito.
Armor Pires Mota conseguiu relatar a guerra da Guiné, com pormenores manchados de sangue e lágrimas, através de um jornal regional ao qual a censura não deu importância. Fernando Gonçalves criou o «Zé Povinho da Guerra Colonial» em Angola e pintou humoristicamente o conflito.
Em Moçambique, Jorge Ribeiro gravou as mensagens de Natal dos soldados, que, por vezes, desejavam «Boas Festas para a esposa e para a noiva» ou «um Ano Novo cheio de propriedades». Fernando Correia, ao serviço da Emissora Nacional, não contou a verdade sobre a guerra porque não o deixaram.
Estas e outras memórias das décadas de 60 e 70 do século XX, sobre Portugal, Angola, Guiné e Moçambique, preenchem este livro, «um exterminador implacável de lugares comuns e de ideias feitas sobre a Guerra Colonial e também, por arrastamento, sobre o jornalismo em geral e o jornalismo de guerra em particular», na opinião do ex-combatente Carlos de Matos Gomes.
ESTA OBRA INCLUI SILÊNCIOS DE ONTEM, ANÁLISES DE HOJE E LIÇÕES PARA O AMANHÃ.