Sonetos Luxuriosos é um dos expoentes máximos da poesia erótica ocidental, expressando o júbilo libidinoso do Renascimento e compondo a fisionomia de uma das épocas mais fecundas da história do pensamento e das artes.
Sonetos Luxuriosos é um dos expoentes máximos da poesia erótica ocidental, expressando o júbilo libidinoso do Renascimento e compondo a fisionomia de uma das épocas mais fecundas da história do pensamento e das artes.
Esta obra, que deu ao autor a reputação de poeta licencioso e profanador, data de 1524 ou 1526, e é inspirada na pintura erótica de Giulio Romano, que as gravuras de Marcantonio Raimondi popularizaram até que a censura papal as proibiu e destruiu.
Nesta tradução do poeta e ensaísta José Paulo Paes – a primeira alguma vez realizada para a língua portuguesa – revela-se tanto o espírito quanto a felicidade, o vigor e a graça do despudor de Aretino.
«Que mal é que há em observar um homem montado em cima de uma mulher? Devem os animais ser mais livres do que nós? A mim parece-me que o órgão que nos foi dado pela natureza para perpetuar a espécie deveria ser usado à volta do pescoço como pendente, ou como medalhão no chapéu, porque é fonte que alimenta os rios de humanidade…»
Carta de Arenito a Battista Zatti di Brescia sobre os Sonetos Luxuriosos