Autor(es): Domenico Starnone
Quando se é criança, pode-se ser tudo e este irresistível livro, tão afiado como as espadas da imaginação escondidas debaixo da cama, tão precioso como uma jóia de família, em que a descoberta do amor e da morte se perseguem mutuamente, leva-nos, na voz única de um dos melhores escritores italianos contemporâneos, à nostalgia da infância.
O destino do amor de infância é não morrer nunca
Imagine uma criança napolitana sonhadora, sempre a olhar pela janela. A avó, pouco letrada, mas cheia de sabedoria e amor, anda pela cozinha e conta-lhe histórias, enquanto o miúdo olha seduzido para a varanda do prédio em frente, onde uma menina de cabelos negros dança sobre o parapeito.
Desse olhar, nasce um amor. Mimí, é este o nome do miúdo, está disposto a tudo por esse amor terno e jovem, desde desafiar o seu amigo Lello para um duelo até ir recuperar a menina bailarina ao reino dos mortos, se preciso for.
Quando se é criança, pode-se ser tudo e este irresistível livro, tão afiado como as espadas da imaginação escondidas debaixo da cama, tão precioso como uma jóia de família, em que a descoberta do amor e da morte se perseguem mutuamente, leva-nos, na voz única de um dos melhores escritores italianos contemporâneos, à nostalgia da infância. É impossível não se ficar fascinado pelo poder da palavra de Starnone, pela poesia das peripécias do pequeno Mimí e pelo seu périplo de formação e crescimento.