Sabia desde pequena que escreveria a história da sua avó. As avós das suas amigas levavam-lhes presentes; a sua levava-lhe as suas histórias – a sua coisa favorita. Quando a avó lhe contou como costumava arrancar as pétalas das flores para ver se o rapaz de quem gostava também gostava dela e como amassava a flor que acabava em «mal me quer» e começava a arrancar as pétalas de outra até que alguma acabasse em «bem me quer», Nechama teve a certeza de que escreveria a história da sua obstinada e decidida avó. Sabia que a tenacidade da avó vinha de muito antes de ela ter dito às suas amigas em Auschwitz que dali iria para casa.
Nechama mora em Brooklyn, Nova Iorque, com o marido e as filhas. Quando publicou este livro, vivia perto da sua avó ruiva e estava a terminar um mestrado em Nutrição.