Filho de um casal pobre de Felgueiras – o pai, Joaquim Alves, era bottier e a mãe, Maria da Conceição, costureira – Tony Miranda foi, até hoje, o único português a vencer no difícil mundo da Alta-Costura.
Fugido a salto para Paris com apenas 13 anos, conseguiu, depois de uma vida difícil que o levou a trabalhar nas obras e no lixo, entrar na Renouvette, casa que renovava peças de Alta-Costura. Mais tarde, no atelier de Joseph Camps, que considera o maior alfaiate de sempre, partilhou a bancada com Emanuel Ungaro.
Em 1967, Ted Lapidus contratou-o. Durante anos, Tony Miranda trabalhou de perto com o famoso costureiro, o qual contava com as criações do português para as suas coleções.
Nos anos 80, Tony Miranda abriu o seu próprio atelier em Paris, na famosa Rue Cambon.
Ao regressar a Portugal, em 2000, instalou-se em Guimarães e em Lisboa, num prédio da Avenida da Liberdade, onde mantém uma loja privada. É aí que são feitas as peças para a clientela jet-set que continua a fazê-lo viajar por todo o mundo.