A Borga é a história de uma errância alcoolizada de vinte e quatro horas sob o dossel ritual da chuva, monótona, constante, interminável. Castiço e os seus dois amigos Mil‑homens e Bocas, borguistas inveterados, vão ao longo do romance deixando um rasto de destruição e sexo pela cidade de Auria, uma cidade que poderia ser qualquer outra cidade espanhola maltratada do início do século XX.
Não lhe falta nada para ser considerada uma pequena obra-prima.
Rodrigues Lapa
A Borga é a história de uma errância alcoolizada de vinte e quatro horas sob o dossel ritual da chuva, monótona, constante, interminável. Castiço e os seus dois amigos Mil‑homens e Bocas, borguistas inveterados, vão ao longo do romance deixando um rasto de destruição e sexo pela cidade de Auria, uma cidade que poderia ser qualquer outra cidade espanhola maltratada do início do século XX.
É pela narração dessas fatídicas vinte e quatro horas, rápidas, inexoráveis, cheias de tensão transgressiva e absorvente, que o autor nos leva numa descida ao Inferno, que é simultaneamente uma viagem à heterodoxia.
O romance, «iniciado por causa de uma visão semiconsciente da minha infância», afirmou o autor, foi escrito em pouco mais de um mês e concentra nele todo um mundo marginal contado pela boca de um dos protagonistas que no seu depoimento em tribunal nos vai contando como o grupo vai caminhando para a perdição.
Não lhe falta nada para ser considerada uma pequena obra-prima.
Rodrigues Lapa