Autor(es): Jorge Arrimar
De meados do século xix a finais do século xx, este romance histórico recria factos e pessoas do Sudoeste angolano, uns marcantes no espaço público, outros que apenas deixaram sinais nas famílias, memórias reforçadas por precários vestígios escritos ou conservadas apenas na oralidade.
De meados do século xix a finais do século xx, este romance histórico recria factos e pessoas do Sudoeste angolano, uns marcantes no espaço público, outros que apenas deixaram sinais nas famílias, memórias reforçadas por precários vestígios escritos ou conservadas apenas na oralidade.
António José de Almeida, um dos mais relevantes moradores do Humbe e da Chibia, nascido em Caconda (1856), surge como uma personagem marcante da narrativa, numa manobra que o autor classifica de resgate literário ao esquecimento. Este resgate estende-se a muitas personagens, umas mais ficcionadas do que outras, mas todas reais em algum momento, todas fictícias sempre, tanto moradores de povoações e vilas, como elementos das sociedades tradicionais. E é com o hamba Nande, do Cuanhama, que este livro se dá à leitura, numa viagem onírica que é, afinal, a condensação metafórica dum tempo em que esta narrativa se amarra.