Das Margens do Meu Rio resulta de um fino e divertido confronto entre o lirismo de certas paisagens e a realidade prosaica do dia-a-dia. Ao longo de poemas que descrevem sensações de instantes e que analisam a vida humana nas suas várias vertentes, entre cães ruivos, banqueiros e lampreias de olhos verdes, Luís Alvellos explora com muita técnica a tensão entre o absurdo e o concreto, que subjaz à consciência do indivíduo.
Duarte Bénard da Costa,
Doutorando em Literatura na Universidade de Cambridge
Em Das Margens do Meu Rio, a poesia de Luís Alvellos contrapõe uma visão lírica do mundo à mundanidade da experiência humana, nestes poemas que se resolvem em humor, crítica e que tecem cruas análises da percepção individual comum.
Este primeiro livro de poesia de Luís Alvellos trata fundamentalmente de enganos e de desenganos. É um livro com uma visão transversal da sociedade, que na sua variedade partilha da mesma incongruência na vida quotidiana. Estes poemas mantêm sempre a mesma voz, uma voz de humor subtil perante a realidade do dia-a-dia, e de seriedade e maturidade perante aquilo que é transversal à vida. O esforço do indivíduo contra o mundo está patente nos protestos do poeta, nas variadíssimas situações de erro e de desencontro entre as pessoas, e tudo isto constrói um caminho de impossibilidade, no fim do qual está a imagem de uma mão estendida mas sem conseguir agarrar.
Das Margens do Meu Rio resulta de um fino e divertido confronto entre o lirismo de certas paisagens e a realidade prosaica do dia-a-dia. Ao longo de poemas que descrevem sensações de instantes e que analisam a vida humana nas suas várias vertentes, entre cães ruivos, banqueiros e lampreias de olhos verdes, Luís Alvellos explora com muita técnica a tensão entre o absurdo e o concreto, que subjaz à consciência do indivíduo.
Duarte Bénard da Costa,
Doutorando em Literatura na Universidade de Cambridge