Um dos grandes textos da filosofia da tradução no século xx e uma contribuição continuamente fecunda para o pensamento sobre o acto de traduzir, Miséria e Esplendor da Tradução, de José Ortega y Gasset, nunca tinha sido publicado em Portugal, apesar de há muito se encontrar traduzido em vários idiomas e em vários países.
Este famoso ensaio, escrito em Paris, durante o exílio do filósofo espanhol na capital francesa, foi originalmente publicado em 1937 e por capítulos num diário de Buenos
Um dos grandes textos da filosofia da tradução no século xx e uma contribuição continuamente fecunda para o pensamento sobre o acto de traduzir, Miséria e Esplendor da Tradução, de José Ortega y Gasset, nunca tinha sido publicado em Portugal, apesar de há muito se encontrar traduzido em vários idiomas e em vários países.
Este famoso ensaio, escrito em Paris, durante o exílio do filósofo espanhol na capital francesa, foi originalmente publicado em 1937 e por capítulos num diário de Buenos
Aires. Miséria e Esplendor da Tradução apresenta-se como a presumível transcrição de uma sessão no Collège de France, sendo Ortega uma voz entre outras, num modelo inspirado nos diálogos platónicos.
Logo no início, o autor remete para a famosa traição do tradutor, Traduttore, traditore, mas o título liga-o indelevelmente a Balzac e ao seu Esplendores e Misérias das Cortesãs, criando, entre as duas profissões mais antigas do mundo, um elo que se funda na necessidade e na impossibilidade que ambas colmatam.
Talvez também por isso Miséria e Esplendor da Tradução continue a ser um dos ensaios em língua espanhola sobre tradução mais citados de sempre.