Autor(es): Mark Twain
Um texto de sátira política que é também uma denúncia de temas ainda actuais como o racismo, a escravatura e o colonialismo
Autor(es): Mark Twain
Um texto de sátira política que é também uma denúncia de temas ainda actuais como o racismo, a escravatura e o colonialismo
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Um texto de sátira política que é também uma denúncia de temas ainda actuais como o racismo, a escravatura e o colonialismo
Da agonia do Congo, na viragem do século xix para o século xx, dá-nos conta a obra imortal de Joseph Conrad, Coração das Trevas. Mas a barbárie imposta aos congoleses pelo rei Leopoldo dos belgas, a quem a Conferência de Berlim dera, como propriedade pessoal, uma imensidão setenta vez maior do que a Bélgica, exigia gritos e revolta. O Solilóquio do Rei Leopoldo é o grito e a revolta de Mark Twain, grito e revolta que ganham a forma de uma quase insustentável sátira.
Mark Twain dá a palavra e o palco ao rei e nada o poderia denunciar mais, nada podia expor melhor a abjecção de Leopoldo. Ao Solilóquio, Justin Kaplan chamou «a peça de propaganda americana mais eficaz e mais amplamente difundida para a causa da reforma do Congo.», um monólogo de uma incisiva sátira política de denúncia contra o dono do Estado Livre do Congo.
Panfleto famoso à época, foi publicado em 1905, no meio de uma batalha das vozes livres da Europa contra a estratégia conspiratória de Leopoldo para impedir que a verdade fosse conhecida. Leopoldo responderia à sátira de Twain, enviando uma carta ao editor do panfleto e lançando mesmo um livro a que chamou An Answer to Mark Twain.
«A situação actual no Congo é atroz, como mostram as fotografias de crianças cujas mãos foram cortadas.»
Mark Twain