Vencedor do Grande Prémio de Poesia Maria Amália Vaz de Carvalho
APE | CM de Loures – 2022
Depois de Uma Pedra sobre a Boca, o poeta João Moita evoca cenários da vila ribatejana de Alpiarça, sua terra natal, em Que Túmulo em Que Talhão. Levanta-se destes poemas uma natureza indiferente ao humano.
Depois de Uma Pedra sobre a Boca, o poeta João Moita evoca cenários da vila ribatejana de Alpiarça, sua terra natal, em Que Túmulo em Que Talhão. Levanta-se destes poemas uma natureza indiferente ao humano. O sujeito enunciador retrai-se, quase desaparece. Sobram quadros de uma inusitada beleza, paisagens percorridas pela lente impiedosa de uma câmara. A única transcendência é a da putrefacção. Escuta-se o murmúrio feroz da terra e dos bichos. A esclerose alastra por uma vila fossilizada. Alguém procura algures um túmulo, perdido entre talhões.