Podemos assim concluir, com alguma segurança, que a perda do olho direito marcou psicologicamente o nosso poeta. Isto é, o mesmo sinal fisionómico que depois caracterizou toda a sua iconografia começa por ter uma certa relevância na própria obra do autor.
Podemos assim concluir, com alguma segurança, que a perda do olho direito marcou psicologicamente o nosso poeta. Isto é, o mesmo sinal fisionómico que depois caracterizou toda a sua iconografia começa por ter uma certa relevância na própria obra do autor.
De resto, fazendo a agulha para um tema que também lhe era caro, o da memória, uma das suas redondilhas, que até pode ter sido escrita antes da perda do olho direito, fala da intensificação da faculdade de recordar em quem tenha perdido a vista: Como aquele que cegou é cousa vista e notória que a natureza ordenou que se lhe dobre em memória o que em vista lhe faltou…