Pode haver um novo caminho para o ideal comunista?

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No rescaldo do centenário do Partido Comunista Português, Domingos Lopes, antigo militante comunista e secretário de Álvaro Cunhal, analisa o passado e o presente do último grande partido marxista-leninista da Europa no livro 100 anos do PCP: Do Sol da Terra ao Congresso de Loures. Um texto de intervenção que aponta o dedo ao funcionamento pouco democrático do PCP, explora os desafios, as derrotas e as vitórias, os conceitos do novo homem, do novo mundo, do novo conhecimento e apela a um comunismo de futuro e com futuro. Uma edição Guerra e Paz, 100 anos do PCP: Do Sol da Terra ao Congresso de Loures chega à rede livreira nacional a partir do próximo dia 8 de Março. O lançamento da obra acontece no mesmo dia, pelas 18h30, no espaço do Âmbito Cultural do El Corte Inglés, em Lisboa.

 

Cem anos depois da sua fundação, para onde caminha o PCP? Mais de um século após a Revolução Russa, qual é o futuro do ideal comunista? Após um século de barbárie e esperança, de luta e derrota, será que o amanhã voltará a cantar?

 

Domingos Lopes, comunista que abandonou o partido em 2009, ao fim de 40 anos, espírito lúcido e combativo, analisa o percurso e o funcionamento pouco democrático do PCP no livro 100 anos do PCP: Do Sol da Terra ao Congresso de Loures. E fá-lo com conhecimento de causa, depois de uma vida de militância no Partido Comunista Português. Lutador antifascista, o autor comeu papéis para proteger camaradas, cumpriu pena de prisão política em Caxias e foi secretário de Álvaro Cunhal nos Governos Provisórios após o 25 de Abril de 1974.

 

«O socialismo é um ideal, não é uma etapa que uma vez atingida funciona como aprisionamento de toda a sociedade, mesmo que em nome de uma suposta superioridade moral.» Numa prosa incisiva e clara, percorre os grandes acontecimentos do movimento comunista internacional, as intervenções da União Soviética, a repressão, os privilégios dos funcionários, falando de como o PCP viu tudo isso, olhando para o lado, e da acção de Álvaro Cunhal, cuja sombra ainda paira sobre o partido, impedindo-o de avançar.

 

Hoje, aos 72 anos, Domingos Lopes assume-se como um «militante sem partido» e acredita que urge reconfigurar e resgatar o ideal comunista. Neste texto de intervenção, analisa o novo homem, o novo mundo, o novo conhecimento e apela a um comunismo de futuro e com futuro. «Não se pode fazer política no século xxi com slogans e palavras de ordem que tinham actualidade há 100 anos. Os tempos são outros […] O vocabulário, numa sociedade onde a comunicação é fundamental, onde muita da mensagem política é feita pelos media, é essencial.»

 

Uma edição Guerra e Paz, 100 anos do PCP: Do Sol da Terra ao Congresso de Loures chega à rede livreira nacional a partir do próximo dia 8 de Março. O lançamento da obra acontece no mesmo dia, pelas 18h30, no espaço do Âmbito Cultural do El Corte Inglés, em Lisboa. A apresentação ficará a cargo do escritor Mário de Carvalho.

 

Este é o segundo livro que Domingos Lopes publica com a chancela da Guerra e Paz Editores, depois de, em 2020, ter publicado Memórias Escolhidas, um livro autobiográfico que trouxe à luz grandes revelações sobre o processo revolucionário, a vida interna do PCP e as razões pelas quais um ainda convicto defensor dos ideais socialistas decidiu abandonar o partido.

 

 

 

100 anos do PCP: Do Sol da Terra ao Congresso de Loures

Domingos Lopes

Não-Ficção / História

128 páginas · 15×23 · 14,00

Nas livrarias a 8 de Março

Guerra e Paz, Editores

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