Louve-se o insubstituível prazer de ler. Ler leva-nos a mundos inenarráveis, faz-nos entrar no mais íntimo de personagens que ficamos a conhecer melhor ainda do que nos conhecemos a nós mesmos. Ler é glorioso, alimenta-nos, rasga-nos sentimentalmente. Faz-nos rir e faz-nos chorar. Ler dá-nos conhecimento e informação, mas acima de tudo ler dá-nos prazer. É o prazer que nos empurra para a paixão de ler.
Os quatro livros que a Guerra e Paz põe hoje nas livrarias oferecem-nos o mesmo prazer que se nos tirássemos da mais alta colina e fizéssemos parapente. Vamos pairar sobre o mundo, a rir com a escrita picara de Pedro Goulão, no seu livro de estreia, “A Palmeira” – é um livro de que, se estivesse vivo, o meu amigo Dinis Machado, autor de “O Que Diz Molero”, havia de gostar. Muito. E quem gostaria, e até adivinharia ali um filme a fazer, era o meu amigo Pedro Bandeira Freire, se lesse “A Solidão de Sermos Dois”, tão belo romance de Maria João Carrilho, o segundo que a Guerra e Paz se orgulha de publicar dela.
Tanto o Dinis como o Pedro, esses meus saudosos amigos, gostavam muito de José Cardoso Pires, e foram eles que mo apresentaram, em noites de Tróia e noites de copos, histórias, cinema e literatura, partilhadas também com o cineasta Fernando Lopes. Quem revisita José Cardoso Pires é Marcos Neves, excelente autor da Guerra e Paz, a aventurar-se em campos de ensaio literário, numa análise que nos põe na mão os romances de Cardoso Pires. E o livro chama-se, título infalível, “José Cardoso Pire e o Leitor Desassossegado”.
Por fim, convido-vos a deixarem-se levar pela extraordinária conversa de dois «incaláveis» conversadores: Carlos Fiolhais e José Jorge Letria. Nem é que falem de ciência, o que já seria tentador. Falam sim da arte de criar paixão pela ciência, fundindo arte, cultura, história e ciência. Mas que belo livro, e sim, é esse o título: “Carlos Fiolhais, a arte de criar paixão pela ciência.”
São estes os nossos quatro novos títulos. Estão aqui, no nosso site, e estão numa livraria perto de si. Não se esqueça, só há uma forma de alimentarmos a paixão pelos livros, é comprá-los e lê-los. Para que, por esta ordem, haja autores, editores e livreiros. Obrigado, caros leitores.