A última batalha do Embaixador Carlos Fernandes

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O Embaixador Carlos Fernandes faleceu hoje, dia 28 de Outubro, aos 97 anos. A Guerra e Paz, Editores expressa o pesar pelo desaparecimento do seu estimado autor. Um homem que negou, de forma veemente, o Acordo Ortográfico de 1990, revisão que provou ser ilegal e «mutiladora da língua portuguesa». As conclusões do estudo jurídico resultaram no livro O Acordo Ortográfico de 1990 Não Está em Vigor, editado em 2016.

 

Embaixador português no México, na República Dominicana, na Holanda, no Vaticano e na Turquia, Carlos Fernandes começou a sua carreira diplomática em 1952, recém-formado em Direito pela Universidade de Lisboa, em vários consulados no continente americano. Foi ainda observador na Assembleia Geral da ONU. 

Além de advogado e diplomata foi também ensaísta e poeta, mostrando o seu amor pela língua portuguesa que defendeu até ao fim. Contrário ao Acordo Ortográfico de 1990, Carlos Fernandes publicou, pela Guerra e Paz, Editores, em 2016, O Acordo Ortográfico de 1990 Não Está em Vigor, um estudo jurídico que prova que a última revisão ortográfica não é legal. 

O livro demonstra, em três textos lapidares, que a ortografia em vigor em Portugal é a de 1945. Em primeiro lugar, por não ter sido juridicamente revogada, em segundo lugar, porque o processo de entrada em vigor do AO de 1990, não tendo o Governo cumprido os actos jurídicos que a sua aprovação implicava, é como se legalmente não existisse. 

Uma abordagem séria e documentada, que acendeu o debate sobre o «AO» e que aponta o dedo à governação de José Sócrates e à presidência de Aníbal Cavaco Silva, que, segundo o autor, «não mandam na língua». 

Passados quatro anos, a necessidade de divulgar esta obra continua tão actual quanto urgente, a fim de clarificar, quanto antes e definitivamente, uma situação que Carlos Fernandes afirmava estar «abusivamente a mutilar a língua portuguesa.»

 

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