Aos nossos caros leitores, sugiro, neste mês de Maio em que se celebra o papel da língua portuguesa no Mundo, o Atlas Histórico da Escrita de Marco Neves. Em primeiro lugar porque se trata do primeiro atlas da nossa elogiadíssima colecção a ser assinado por um autor português. Ao Marco Neves, que teve a ousadia e destreza de nos resumir cinco mil anos de História em pouco mais de 150 páginas, junta-se, o também português, Nuno Costa que assina os mais de 100 mapas e infografias que enriquecem esta edição.
Em segundo lugar, porque este livro nos relembra o papel fundamental da escrita, uma das mais fascinantes formas de comunicação da história da humanidade. Sem escrita não havia livro, não havia literacia, não havia democracia. Não havia a maioria do que hoje damos por garantido.
Por último, porque o Marco Neves, um crítico do excessivo policiamento da língua, é um autor para todos. Trabalha como um académico, mas não escreve como um académico, e isso aproxima-o de um vasto leque de leitores. É o seu dinamismo, originalidade e leveza –que não se substituem, porém, ao rigor científico– que fazem dele um dos mais aplaudidos e requisitados linguistas da actualidade. Neste livro há, pelo carácter distintivo de um Atlas, mudanças substanciais ao habitual modelo de crónica a que habituou os seguidores do seu blog, Certas Palavras. Mas quem conhece a pena do Marco vai certamente reconhecê-la com agrado neste novíssimo livro.
Mário Borges
Responsável de Comunicação
