Nascido Louis Andrieux em 3 de Outubro de 1897, em Paris, é uma das figuras maiores do Surrealismo, movimento de vanguarda que moldou a cultura literária e visual francesa no século XX. Matriculou-se no curso de Medicina da Universidade de Paris, mas foi convocado para o serviço militar, onde serviu como médico auxiliar. Foi, a par da militância artística, um indefectível membro do Partido Comunista Francês.
Terminada a guerra, e enquanto retomava o curso de Medicina, conheceu André Breton, tendo co-fundado com este e com Philippe Soupault a revista Littérature, caracterizada por uma crítica social cáustica aos valores da burguesia.
Aragon escreveu poesia, romance, contos e ensaios, tendo-se estreado, em 1920, com a publicação da sua primeira colectânea poética Feu de Joie. Seguiram-se os romances Anicet ou le panorama (1921) e Les Aventures de télémaque (1922), a compilação de contos Le Libertinage (1924), as narrativas satíricas Le Mouvement perpétuel (1925) e Le Paysan de Paris (1926) e este A Cona de Irène (1928), entre uma vasta obra dos quais se destacam os livros de poemas Le Crève-coeur (1941) e Les yeux d’Elsa (1942).