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Ignorado, censurado e cancelado no seu tempo, por ser contra o estabelecido, Canto de Mim Mesmo de Walt Whitman é hoje um poema imortal e talvez o mais importante de Folhas de Erva, obra maior do autor. Inovador, tanto pela forma como pela introdução de temas do quotidiano, é tão actual hoje como o era há 166 anos, devido ao seu apelo ao não-julgamento e à não-censura. O poema, amplamente elogiado por Jorge Luis Borges, é agora publicado pela Guerra e Paz, numa edição traduzida pelo poeta português João Moita, que estará disponível na rede livreira nacional e no site da editora, a partir do próximo dia 8 de Fevereiro.
Do «deslumbramento à vertigem». É desta forma que, segundo o Jorge Luis Borges, somos conduzidos pelo génio de Walt Whitman quando lemos o Canto de Mim Mesmo. O poema é talvez o mais importante da obra mais famosa de Whitman, Folhas de Erva, livro imortal que, aquando da sua publicação, em 1855, foi censurado por exaltar o corpo, a alma, a sensualidade e a sexualidade como parte maior e indivisível do Homem.
Precursor da rima branca e dos temas do quotidiano, e inovador pelos temas que aborda, o poema é, à sua maneira, um épico americano que celebra a democracia (e, consequentemente, a igualdade) como forma de vida, que celebra o ciclo de crescimento e a morte como algo natural, que celebra a beleza do indivíduo na sua individualidade e no colectivo que é o universo, assim como celebra a natureza, o sexo e a sexualidade como expressão e fusão do «eu» com os outros e com a natureza.
Numa argumentação intemporal, o autor faz o elogio do autoconhecimento, da liberdade e da aceitação de «mim mesmo» e de todos os outros. Num mundo que se fragmenta e se sepulta numa visão de desagregação, o poeta promove a união dos corpos, das almas e do «eu». «Um idioma contemporâneo», segundo afirmou Jorge Luis Borges, vaticinando que «centenas de anos passarão antes que seja uma língua morta».
Whitman faz ainda um apelo ao não-julgamento e à não-censura, tão urgente hoje como há 166 anos. É em resposta a esse apelo que a Guerra e Paz apresenta uma nova edição de Canto de Mim Mesmo que, além do poema integral, inclui uma nota sobre a obra, uma cronologia do autor e a resposta à pergunta «Porquê Ler o Canto de Mim Mesmo Hoje?».
Com tradução de João Moita, Canto de Mim Mesmo é um livro da colecção Clássicos Guerra e Paz, disponível a partir do próximo dia 8 de Fevereiro na rede livreira nacional e no site da editora.
Walt Whitman
Ficção / Poesia
96 páginas · 15×23 · 14 €
Nas livrarias a 8 de Fevereiro
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