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É demasiado tarde para mudar? A crise climática é irremediável? A explosão das desigualdades é fatal? E o declínio das democracias, a erosão dos direitos, o crescimento dos ódios? São irreversíveis? Para Raphaël Glucksmann, a resposta é: não. Numa apaixonada e esperançosa carta aberta às novas gerações, o ensaísta, realizador e eurodeputado francês exorta os jovens a enfrentar os desafios da sociedade actual, lutando contra os fatalismos, pedindo-lhes que «não sejam velhos antes de serem jovens» e que mudem o mundo. Agora o ensaio, que conquistou os leitores franceses e vendeu 40 000 exemplares em apenas três meses, chega a Portugal, numa edição Livros Vermelhos da Guerra e Paz, com tradução de André Morgado. A Carta à Geração Que Vai Mudar Tudo estará disponível, quer na rede livreira nacional, quer no site oficial da editora, a partir do próximo dia 25 de Janeiro.
«Filhos do crepúsculo, o vosso mundo assemelha‑se ao caos dos últimos ou dos primeiros dias. Onde pousarem os olhos, verão ruínas. Políticas, ideológicas, filosóficas. Onde apurarem os ouvidos, escutarão o canto lúgubre dos resignados e a queixa lancinante da impotência. […] Todos vos dizem que é assim, que nada podem fazer. Então para quê lutar, agir, sonhar?» Determinado em devolver à democracia a sua juventude perdida, a sua força e a sua beleza, o eurodeputado francês Raphaël Glucksmann publicou em França, no último mês de Agosto, pela Allary Éditions, a Carta à Geração Que Vai Mudar Tudo, uma obra dirigida aos jovens, exortando-os à participação política e cívica.
Nesta apaixonada carta aberta, Glucksmann aponta o dedo aos «patriarcas saciados» que se vêem em queda «e querem arrastar‑vos nela», sublinhando que os jovens «não têm culpa» deste alegado mundo em ruínas, mas que estes «podem fazer alguma coisa. São livres. Livres de renunciar à herança. Livres de aprenderem do zero.» Crente no futuro, o autor projecta que a irrupção na política pelas novas gerações vai mudar tudo. «Parece que já não há esperança, mas o combate ainda pode ser vencido. Desde que se entre no combate. Com paixão, mas também com método.»
Agora, a obra, que conquistou os leitores franceses e vendeu 40 000 exemplares em apenas três meses, chega a Portugal, numa edição Livros Vermelhos, colecção da Guerra e Paz que privilegia teses contra catecismos e o pensamento único. A Carta à Geração Que Vai Mudar Tudo chega à rede livreira nacional no próximo dia 25 de Janeiro, com tradução de André Morgado. A obra poderá ainda ser adquirida através do site da editora. Este é o segundo livro de Raphaël Glucksmann que a Guerra e Paz publica, depois de O Maio de 68 Explicado a Nicolas Sarkozy, que o autor escreveu com o pai, o filósofo André Glucksmann.
Seguido por mais de 600 000 pessoas no Instagram, sobretudo jovens, o autor tem gerado um grande impacto na actividade cívica das novas gerações, com repercussões a nível internacional. Raphaël Glucksmann foi um dos eurodeputados sancionados pela China no ano passado, em resposta às sanções impostas pela União Europeia a funcionários chineses, por violações dos direitos humanos dos uigures em Xinjiang/Sinquião. Crimes contra a humanidade que vão desde a criação de campos de internamento, prática de violações sistemáticas, de campanhas maciças de esterilização, da remoção forçada de órgãos, da redução à escravidão, do apagamento de uma língua e de uma cultura. Uma causa fervorosamente defendida por Glucksmann numa enorme campanha nas redes sociais que levou o tema a debate público e que é também analisada neste livro.
Carta à Geração Que Vai Mudar Tudo
Raphaël Glucksmann
Não-Ficção / Ensaio
160 páginas · 15×20 · 14,50 €
Nas livrarias a 25 de Janeiro
Guerra e Paz, Editores
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