São sempre os pais que, afinal, nos ensinam a ler. A mãe, o pai. Agora, por se aproximar o Dia do pai, a Guerra e Paz oferece-lhe condições muito especiais para que possa, por mais apertado que esteja o seu bolso, dar de volta ao seu pai essa dádiva que ele um dia lhe deu.
Pode dar-lhe o Almanaque Português e ainda leva como oferta O Livro das Inutilidades, duas obras repletas de curiosidades, utilidades e inutilidades.
Se é de Trás-os-Montes, ofereça-lhe o Dicionário de Palavras Soltas do Povo Transmontano e nós damos-lhe sem pagar mais um cêntimo, o Dicionário de palavras Supimpas. Nunca o rigor lexical foi tão divertido e bem disposto.
Mas se anda à procura de um pequeno luxo, ofereça-lhe O Físico Prodigioso. Nós seremos generosos e damos-lhe a Contradança, cartas e poemas de Camões, um livro de capa dura, a cores, com soberba pintura de época.
E, acima de tudo, se quer dar ao seu pai um livro que evoque, a par e passo, o carinho que ele lhe prodigalizou, desde os dias da sua infância, até momentos de alegria, júbilo e outros, porventura de drama ou tristeza (a vida tem de tudo), então este Não Me Esqueço Pai, é o livro com que encher-lhe o coração, arrancar-lhe sorrisos, uma boa gargalhada e, claro, aquela furtiva lágrima.
Acredite, estão neste livro as coisas que viveu com o seu e o seu pai consigo. Damos-lhe dois exemplos:
Atreva-se lá a dizer que não foi consigo que isto se passou:
«Não me esqueço, pai, de quando me levantavas no ar e fazias de mim um animal voador, águia ou falcão, ou me fazias rir às gargalhadas e até à exaustão com as cócegas nos sovacos, na barriga, nas pernas.»
Mas com esta é que o caçámos bem, não caçámos?
«Levaste-me ao estádio. Vi ao teu lado o meu primeiro jogo de futebol. Gritámos, dançámos cada golo, abraçámo-nos. Não me esqueço, pai, era como se fossemos irmãos.»
Há um pai que, de tão habituado a dar coisas, não está à espera de nada. Surpreenda-o. Faço-o voltar a ler. Mostre-lhe que valeu a pena ele tê-lo ensinado a si.