Cantou como ninguém o amor, a dor, a angústia e a solidão e, apesar de incompreendida na sua época por tocar temas considerados tabu na sociedade portuguesa do início do século xx, veio a tornar-se numa das grandes vozes femininas da literatura portuguesa. Agora, Florbela Espanca é homenageada pela Guerra e Paz numa edição especial que reúne os sonetos que publicou em livro ou que parcialmente reviu antes de morrer, em 1930, antes de completar 36 anos. E Dizê-lo Cantando a Toda a Gente – Os Sonetos inclui, no mesmo volume, o Livro de Mágoas, Livro de «Sóror Saudade» e Charneca em Flor, aos quais se junta Reliquiae. Esta é uma edição Clássicos Guerra e Paz que estará disponível na rede livreira nacional, nas principais plataformas de ebooks e no site da editora a partir do próximo dia 2 de Maio.
Na antologia E Dizê-lo Cantando a Toda a Gente que agora a Guerra e Paz apresenta, num trabalho de selecção e notas de Maria José Batista, somos convidados a celebrar a ousada e admirável obra de Florbela Espanca que, sem medo de afrontar tabus, escreveu sobre o amor, o sexo e a paixão, numa relação perfeita entre estética e erotismo. Fê-lo com a indelével marca de sinceridade e intensidade que lhe reconhecemos, mas também com uma notável habilidade técnica e estilística, usando o soneto com mestria.
Aplaudida por nomes maiores da literatura portuguesa, entre os quais Agustina Bessa-Luís e José Régio, Florbela foi, e continua a sê-lo, «um notável poeta com versos de uma fúria inaudita», escreveu Jorge de Sena. Da obra da poetisa, o crítico, ensaísta e escritor português destacou «dois aspectos de sedução poética: um, mais falível, ligado às imagens súbitas que encontra; outro, mais perene, menos sujeito às oscilações do gosto epocal e proveniente da nua e desassombrada simplicidade com que se queixa ou murmura.» Aos versos que emergem desta linha de sedução, chama Sena «versos rudos, de ritmo descendente, carregados de sentido que transcende as próprias palavras».
E continua a seduzir-nos Florbela, nove décadas depois da sua prematura morte, nesta edição que reúne sonetos dos livros: Livro de Mágoas, Livro de «Sóror Saudade» e Charneca em Flor, aos quais se junta Reliquiae. Sonetos que, embebidos em amor, dor e solidão, exploram conflitos internos e as emoções intensas com que todos, mas principalmente os poetas, se deparam.
Uma edição Clássicos Guerra e Paz, colecção reconhecida pelo Plano Nacional de Leitura e que se distingue também pelo design atractivo para novos leitores, E Dizê-lo Cantando a Toda a Gente – Os Sonetos estará disponível, a partir do próximo dia 2 de Maio, na rede livreira nacional, nas principais plataformas de ebooks e no site da editora.
Clássicos Guerra e Paz
E Dizê-lo Cantando a Toda a Gente – Os Sonetos
Florbela Espanca
Ficção / Poesia
232 páginas · 15×23 · 15 €
Nas livrarias a 2 de Maio