Um clássico de terror, Frankenstein, de Mary Shelley, foi dado à estampa em 1816, um estranho «ano sem Verão» que inspirou os pesadelos de uma escritora adolescente. Nascia assim o primeiro livro de ficção científica da História, que, segundo Stephen King, se tornou «numa espécie de apoteose do feio». A cultura pop absorveu-o e amplificou a sua reflexão sobre os limites da ciência e o que significa ser humano. Conceitos que hoje, com as questões em torno da inteligência artificial, ganharam uma nova actualidade. Motivos de sobra para que a Guerra e Paz o inclua agora na sua reconhecida colecção de Clássicos, vestido a roxo. Frankenstein chega à rede livreira nacional no próximo dia 6 de Fevereiro, numa tradução de Carolina Alves
Nas páginas de Frankenstein, ou O Prometeu Moderno, a jovem Mary Shelley de apenas 18 anos fala-nos da luta entre um monstro e o seu criador, entre o normal e o estranho, entre aquilo que separa o ser humano e a sua criação. Uma mensagem que Guillermo Del Toro soube sintetizar como ninguém: «Não pertences. Foste trazido a este mundo por pessoas que não gostam de ti e és atirado para um mundo de dor e sofrimento, lágrimas e fome […]. É um fabuloso livro escrito por uma adolescente. Arrebatador.»
Simultaneamente um thriller gótico e um romance filosófico, o livro conta-nos, através das cartas do capitão Robert Walton à sua irmã, a história do estudante Victor Frankenstein que, obcecado com a descoberta do segredo da criação da vida, cria um ser aterrador que acaba por abandonar à sua sorte. Solitário, incompreendido, maltratado e desprezado por todos, a criatura de Frankenstein lança-se numa jornada de busca por humanidade e amor, mas também de vingança contra o seu criador.
Idealista, Mary Shelley oferece-nos, segundo D. H. Lawrence, «o lado negro do ser ideal» neste seu modesto conto gótico que mudou o mundo e não se esgota no tempo. Nas palavras de Harold Bloom: «A relevância, estética e moral, do romance de Mary Shelley só aumenta à medida que entramos cada vez mais numa era que já nos trouxe a “realidade virtual” e parece provável que nos ponha em frente a frente com ciborgues».
Frankenstein estará disponível, a partir do próximo dia 6 de Fevereiro, na rede livreira nacional, e no site da Guerra e Paz Editores.
Guerra e Paz
Frankenstein
Mary Shelley
Ficção / Romance
248 páginas · 15×23 · 16,00 €
Nas livrarias a 6 de Fevereiro