Laurinda Alves: o livro «Manuel» de João Gomes da Silva devia ser prescrito como é prescrito um comprimido

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Uma declaração de amor de um pai ao seu filho lotou, por completo, o auditório da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) na passada segunda-feira, dia 26 de Setembro. Foram mais de 200 as pessoas que acorreram ao local para presenciar o lançamento de Manuel, o livro que eterniza essa declaração de João Gomes da Silva ao filho que lhe mudou para sempre a vida para melhor.

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Tudo começou em 2016, quando João Gomes da Silva e a sua mulher, Filipa Pinto Coelho, descobriram que iam ser outra vez pais. A felicidade com que a notícia invadira João e Filipa viria, semanas depois, a transformar-se em angústia, quando foram confrontados com a mais dolorosa das decisões: dar ou não à luz um filho diagnosticado com trissomia 21 e com uma malformação cardíaca grave.  

Um filho que contrariou todas as probabilidades de sobrevivência e qualidade de vida e que hoje, aos 6 anos, dá, a cada dia, à sua família e à comunidade uma lição de abertura e tolerância. «O Manuel é amor frágil – e isso simboliza a vida e simboliza o que cada um de nós é. […] Nós somos o Manuel e o Manuel somos nós.» 

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 Convidada por João a apresentar esta obra repleta de ternura e esperança, Laurinda Alves, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro dos Direitos Humanos e Sociais, defendeu que «este livro devia ser prescrito como é prescrita uma receita ou como é prescrito um comprimido e como é prescrita uma coisa que põe um fim rapidamente.»

Ciente da importância que um relato como este pode assumir na decisão de interromper, ou não, uma gravidez, a também jornalista, escritora deixou um apelo aos profissionais de saúde que estão ligados às áreas da natalidade, da maternidade, da parentalidade e da psicologia: «às vezes, naquele atordoamento em que uma pessoa está, perante a notícia, nem sequer toma uma decisão livre, porque, para tomarmos uma verdadeira decisão, temos de sentir alguma liberdade interior para a tomar. Ao prescrever este livro, nós estamos a passar a palavra uns aos outros de uma história que é verdade […] uma história que nos transforma, que nos ilumina.»

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Entre o painel de intervenientes, inaugurado por Manuel S. Fonseca, editor da Guerra e Paz e por Vítor Ramalho, Secretário-Geral da UCCLA, esteve Pedro Castro e Almeida, que prefaciou a obra. Na sua intervenção, o CEO do Santander Portugal, que trabalha com João Gomes da Silva, atestou as significantes mudanças a que assistiu na vida do autor, depois do nascimento deste seu filho, sublinhando que pessoas especiais como o Manuel, mostram-nos que «a importância das pessoas não se mede pelo tamanho, pelos cargos, pelos cursos, mas pelo tamanho do coração.»

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Sublinhando ainda a importância de acolhermos a fragilidade nas nossas vidas, Pedro Castro e Almeida acrescentou que «não pode haver relações humanas de proximidade sem vulnerabilidade e não pode haver vulnerabilidades sem imperfeições».

Disponível na rede livreira nacional e no site da editora desde terça-feira, dia 27 de Setembro, Manuel tem sido aplaudido pela crítica e promete continuar a conquistar os leitores através da sua poderosa reflexão sobre o sentido da vida.

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Manuel
João Gomes da Silva
Não-Ficção / Biografia
128 páginas · 15×23 · 13,00 €
Já disponível na rede livreira 
Guerra e Paz, Editores

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