Hoje, no Expresso Curto, a newsletter diária do semanário Expresso, o seu director, João Vieira Pereira, fala dos livros que anda a ler e elege, como sua leitura, uma obra que recentemente publicámos do filósofo britânico Roger Scruton, Como Ser um Conservador. Com a devida vénia, reproduzimos um excerto:
«O conservadorismo tem uma enorme desvantagem junto da opinião pública. Não é de agora. É assim há dezenas de anos. “A sua posição é verdadeira mas enfadonha; a dos seus opositores, excitante mas falsa”. A partir daqui é fácil perceber porque ser um conservador se tornou algo quase marginal. As palavras de Roger Scruton, o famoso filósofo britânico, evidenciam o que é ser conservador nos dias de hoje: “nós, os que supostamente excluímos, estamos, portanto, sujeitos à pressão de escondermos o que somos, por medo de sermos excluídos”. Foi a recusa dessa pressão que serviu de fio à sua história. A história de uma vida que “tem sido muito mais interessante do que alguma vez imaginei”.
‘Como ser um conservador’ não é um livro autobiográfico mas bem que podia ser uma autobiografia do conservadorismo. Um visão única de Scruton, sempre polémico, sempre desafiador e sempre inconformado na defesa das “coisas virtuosas” que herdámos.»