Mil palavras não fazem uma árvore

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A poetisa Eugénia de Vasconcellos, autora da Guerra e Paz, Editores, vai estrear, no próximo dia 4 de Julho, quinta-feira, pelas 24h00, o seu primeiro programa de autora na RTP2. Mil Palavras não Fazem Uma Árvore é o título do formato no qual Eugénia fará 13 entrevistas a personalidades ligadas à cultura portuguesa.

 

Mil palavras não fazem uma árvore, mas podem mudar um instante. Eugénia de Vasconcellos já nos habituou à sua insatisfação natural e reinvenção constante. Das muitas mil palavras que fizeram os seus belos, e inquietantes poemas, sobraram outras mil que farão as conversas com 13 personalidades do mundo da cultura. 

De Eugénia de Vasconcellos conhecemos O Quotidiano a Secar em Verso, livro editado pela Guerra e Paz, Editores, em 2016, que o poeta e crítico José Mário Silva saudou como «um meteorito que cruzou o céu da poesia portuguesa». Um abalo tectónico na poesia em Portugal, tão fogaz que fez esperar uma réplica. Dois anos depois, surge Sete Degraus sempre a Descer, uma delicada interrogação do ofício poético e da linguagem amorosa, da sua decepção e das cinzas.

No posfácio, o poeta e escritor brasileiro Marco Lucchesi chama, a Sete Degraus sempre a Descer, «alta poesia», uma «poesia sísmica, de larga magnitude», aproximando-a da «noite dos sentidos», de Al Berto e João da Cruz, de Teresa de Ávila e de Adélia Prado.

A poesia não tem barreiras. A distância, a língua, o tempo. Nada impede o ímpeto da poetisa. É justamente por isso que, no início de 2019, Eugénia de Vasconcellos aceita o desafio de traduzir a poesia do canadiano Howard Altmann, publicada, pela primeira vez em Portugal, numa edição bilingue intitulada Enquanto Uma Fina Neve Cai

Para a Guerra e Paz Eugénia traduziu O Bordel das Musas, de Claude Le Petit, em edição ilustrada por João Cutileiro. Publicou igualmente uma versão sua de O Cântico dos Cânticos.

Poetisa, Eugénia de Vasconcellos escreve também ficção – um conto seu integra o volume Do Branco ao Negro, que reúne ficções de Lídia Jorge, Yvette Centeno, Ana Luísa Amaral e Maria Isabel Barreno, entre outras autoras; escreve também ensaio, género em que se destaca a obra publicada em 2013 Camas Politicamente Incorrectas da Sexualidade Contemporânea. Foi publicada, individualmente e em antologia, na Catalunha, na Sérvia, na Roménia e na Alemanha.

Com um lastro assim, a curiosidade para «assistir de cadeirinha» ao programa Mil Palavras não Fazem Uma Árvore não podia estar mais aguçada. Manuel S. Fonseca, editor da Guerra e Paz, Editores, já reagiu, com entusiasmo, à boa nova através do seu blogue A Página Negra: «Falamos na quinta-feira para combinarmos ver juntos.»Aceita o convite?

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