Nem é só fumo, nem são só beijos

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É fumo ou perfume o que se deslarga dos livros? Há um cheirinho a fumo e vem dos anos 50. Um bizarro americano, Howard S. Becker, viu, fumou, inalou e presenteou o mundo com o primeiro olhar sociológico sobre a canábis. É com esta viagem inédita, a Fumar Marijuana por Prazer, que começamos o mês de Fevereiro. Vamos acabá-lo na companhia do excelso Fernando Venâncio, a beijar bocas brasileiras: o inquieto e provocador Venâncio escreveu O Português à Descoberta do Brasileiro. São beijos à língua portuguesa, que mostram como cada língua, a dos portugueses e a dos brasileiros, morde, lambe e saliva a língua portuguesa de modo cada vez mais diferente. Um livro que se ri do malfadado AO90. Com beijos e uma pergunta à doce língua: «Mi àmará ela?»

Sabemos que há muito mais de mil jovens em busca da sua vocação: para eles, pais e professores, publicamos O Coaching Não Faz Milagres. Tu É Que Fazes!. Um pequeno milagre é o Canto de Mim Mesmo, vertiginosa tempestade poética, fusão cósmica do mundo, corpos, almas e «eu» do abençoado Walt Whitman. Eu juraria que Whitman não se daria mal entre faraós e pirâmides, uma barca que descesse o rio Nilo. Levem, caros leitores, para essa descida, o nosso Atlas do Antigo Egipto: tem todos os mapas dessa civilização de segredos e labirintos.

E quem labirintos não tem? Tinha-os Miguel Torga, como o nosso autor Norberto Veiga atesta em O Labirinto Literário de Miguel Torga. Por outros labirintos, policiais e de espionagem, nos guia pela mão o historiador José Barreto. Ressuscitou e escreveu Frei Manuel de S. José, O Duende de Madrid, mas não pensem que é obra de devoção. O fradinho português pôs a cabeça da corte espanhola em ebulição e pode dizer-se que foi o inventor do jornalismo satírico. Vai ser preso? Vai! Vai conseguir fugir? Vai!

Há duas outras biografias de que não queremos fugir. A de José Miguel Leal da Silva: Entre Química e Minas, um engenheiro português inventivo e imparável. E a cereja, entre os bons fumos deste mês, é Eunice Muñoz. Venham espreitar a sua vida, todo o seu teatro, cinema e televisão em centenas de fotos. Com a sua bênção de actriz maior, fizemos para si, num formato grande, 21 por 28 centímetros, Eunice Muñoz: Fotobiografia: os livros não se medem aos palmos, mas a grandeza ajuda quando queremos ver bem.

São estes os livros de Fevereiro da Guerra e Paz editores, os livros de quem quer ver e quer ver bem.
 
 

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Manuel S. Fonseca, editor

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