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Mergulhados na maldição do atraso, Portugal e os portugueses oscilam há seculos entre a euforia, com alguns feitos, e a mais profunda resignação depressiva, com uma espécie de inevitabilidade dos fracassos colectivos. Mas porque é que assim é? Somos ou estamos atrasados em relação à Europa e ao mundo ocidental? E como podemos todos nós sair desse círculo sem futuro? No ensaio O Atraso Português – Modo de Ser ou Modo de Estar?, o filósofo João Maurício Brás procura responder a algumas das questões que assolam o nosso país e o nosso povo e aponta caminhos para a transformação deste mal colectivo no tão ambicionado progresso. Uma radiografia sociopolítica essencial para o futuro do nosso país, O Atraso Português – Modo de Ser ou Modo de Estar? estará disponível na rede livreira nacional a partir do próximo dia 17 de Maio, numa edição Guerra e Paz.
«Lá fora, somos tão bons como os melhores; em solo pátrio, o nosso crescimento e o desenvolvimento, para lá da publicidade, são frágeis e insubsistentes.» Abordando um dos principais temas do imaginário e da autopercepção nacional – o atraso em relação aos nossos pares –, o filósofo João Maurício Brás aponta o dedo aos diagnósticos incompletos que ao longo de séculos só alimentaram ainda mais a bipolaridade e a reactividade das nossas gentes e dos nossos governantes. «Na nossa história, encontramos diagnósticos políticos, filosóficos, económicos e sociológicos certeiros, mas predomina sempre uma impotência crónica em relação à verdadeira transformação estrutural do país. A culpa é sempre do outro, nunca nossa.»
Empenhado em encontrar caminhos para contrariar esta ideia identitária de um país eternamente afastado da modernidade, do progresso e da prosperidade, João Maurício Brás apresenta-nos agora O Atraso Português – Modo de Ser ou Modo de Estar?, um ensaio em que analisa o marasmo em que vivemos a partir de dados oficiais, estatísticas, estudos e informação vinculada pela comunicação social, provando que não somos atrasados, ao contrário da ideia que ganhou consistência ao longo do tempo. Apenas estamos atrasados. Afinal, não existem «fatalismos, nem modos de ser, nem essencializações de caracteres e de povos».
Então, o que podemos fazer para quebrar esta tendência secular? O autor aponta o reforço dos alicerces de uma sociedade moderna, que «não podem ter apenas qualidade circunstancial». São eles: «uma cultura e imprensa que não copiam, e mal, o que já se fez, menos corrupção, maior desenvolvimento da ciência e da tecnologia, bons serviços de saúde, justiça célere e independente e escolarização de qualidade».
A mudança urge e está nas nossas mãos, afinal esta não tem de ser apenas conjuntural ou legislativa, mas estrutural. «A intransigência para com os políticos e os média, mas também para connosco, é outro passo incontornável para invertermos essa tendência de persistirmos em aprofundar a nossa miséria. Deixemos as mitificações e a tomada das consequências pelas causas, pois a base é cultural e mental, e não económica», explica o autor.
Escrito numa linguagem rigorosa, mas acessível a todos os públicos, O Atraso Português – Modo de Ser ou Modo de Estar? estará disponível na rede livreira nacional a partir do próximo dia 17 de Maio, numa edição Guerra e Paz para sacudir o marasmo, e, desde já, em pré-venda, no site da editora.
O Atraso Português – Modo de Ser ou Modo de Estar?
João Maurício Brás
Não-Ficção / Política
192 páginas · 15×23 · 16,00 €
Nas livrarias a 17 de Maio
Guerra e Paz, Editores
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