O diabo quer possuir-lhe o corpo

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O triângulo amoroso entre o demónio, um cavaleiro e uma donzela fazem de O Físico Prodigioso de Jorge de Sena, agora reeditado, um dos mais belos manifestos do pan-erotismo da literatura portuguesa.”

Esse “um dos mais belos manifestos do pan-erotismo da literatura portuguesa” – eleito agora, como tal, pelo Observador – quem o reeditou fomos nós, na Guerra e Paz editores, com a ajuda e o entusiasmo de Isabel de Sena, filha de Jorge de Sena, e com o sopro criativo de Mariana Viana, que concebeu, desenhou e pintou as admiráveis 21 ilustrações que lhe dão outro corpo. 

Já aqui dissemos que é um livro para tocar, vestir, despir e ver. Joana Emídio Marque, no artigo do Observador, prova-nos que é um livro para ler e arrasta-nos para o meio do texto orgíaco:

O físico, cavaleiro dono de bela figura e de longos cabelos loiros, tem, desde que se conhece, o diabo apaixonado por ele, fazendo-lhe a corte ou tentando possuir-lhe o corpo (e não a alma, como é prerrogativa dos diabos). Neste jogo amoroso, o Diabo dá ao cavaleiro poderes sobrenaturais e um gorro vermelho que lhe permite ficar invisível. Num passeio pelo bosque, três donzelas descobrem o jovem físico nu banhando-se no rio e logo se apoderam dele para um devaneio sexual contado como canção de romança, sonho ou lenda (não esquecer que aqui o grande demónio é mesmo Jorge de Sena a querer enfeitiçar os seus leitores).

E a finalizar, a autora e o Observadortomai e lede todos! – entregam Jorge de Sena nas mãos dos seus leitores: “… este Físico Prodigioso, mais do que uma novela erótica, é o retrato de uma humanidade prometeica e faustica, disposta a tudo para superar a natureza mas sem nunca o conseguir totalmente. Em última instância, é também um texto sobre a Liberdade (não como coisa política) mas como caos, desordem, magias fundamentais ao ato de criação e ao ato de leitura.”

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