O Fedorento

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Perfeito para quem ama odiar e quem odeia amar, O Fedorento, de Rosemary Tonks, faz-nos reflectir sobre os paradoxos e as particularidades das relações, num tom irónico e muito divertido. Um romance de culto na década de 60, no Reino Unido, viria a cair, anos mais tarde, no esquecimento, assim como a própria autora, que, após um percurso fulgurante entre o meio literário londrino, desapareceu misteriosamente da vida pública nos anos 70 – e terá mesmo tentado apagar qualquer vestígio da sua obra, constituída por duas colectâneas de poesia e seis romances. Rosemary Tonks viria a morrer em 2014, estando agora os seus livros a ser recuperados pelos britânicos e novamente aclamados pela crítica. É tempo de partilhar este entusiasmo renovado também com os leitores portugueses, que poderão finalmente ler O Fedorento, numa edição inédita publicada com a chancela da Guerra e Paz. O livro, disponível nas livrarias a partir do dia 18 de Abril, integra a colecção «romances de guerra e paz». 

 

O Fedorento, de Rosemary Tonks, é uma brilhante comédia sexual, que, segundo o Library Journal, «revela uma profundidade que dá que pensar por baixo da sua superfície cintilante», transportando-nos para a swinging London do anos 60. No centro deste recém-redescoberto clássico britânico, está Min, uma engenheira de som de meia-idade que trabalha na BBC, onde luta para conseguir reproduzir a sonoridade de um batimento cardíaco. Ao mesmo tempo, em casa, são outros assuntos do coração que a apoquentam. Na teoria, é casada, mas o marido, George, é tão invisível que Min chega ao ponto de se esquecer que ele existe: «Parecia aquela noite em que desliguei a luz da cozinha enquanto o George estava a jantar, tranquei a porta à minha passagem e subi, pensativa, até à cama. Levei três meses até conseguir viver com isso.»

 

Aprende a viver com isso com o precioso apoio dos amigos e amantes que lhe preenchem os dias, como se a sua vida, a julgar pelo tom mordaz, se resumisse à atracção sexual. A fórmula para fugir à monotonia parece funcionar na perfeição, até que Min começa a ser cortejada por um barítono de renome internacional, que gera nela um paradoxo entre a atracção e a repugnância. É que, apesar de todas as qualidades, «este preguiçoso, este egocêntrico» cheira mal: «Oh, não que não cheira! Eu, pessoalmente, consigo cheirá‑lo desde a porta da cozinha. Não pretendo desculpá‑lo. Bem sei que ele é grande e que tomar banho leva tempo. Bem sei que passa a maior parte da sua vida a viajar, ou a aparecer a título profissional. Ainda assim, é abominável da parte dele.»

 

Min entra num hilariante dilema, que se resume a ir ou não para a cama com «O Fedorento», como passa a chamá-lo. Um jogo do gato e do rato que prende o leitor às suas páginas, este é «o aperitivo perfeito: fá-lo sentir animado, despreocupado e muito, muito feliz», destaca o jornal britânico The Times numa das muitas recensões que, em diversos órgãos de comunicação, aplaudem o ressurgimento de Rosemary Tonks e deste seu livro aos escaparates.

 

Um romance sedutor, hilariante e obrigatório, O Fedorento estará disponível na rede livreira nacional a partir do próximo dia 18 de Abril, numa tradução de Francisco Costa com a chancela da Guerra e Paz. Esta é uma edição inédita em Portugal, incluída na colecção «romances de guerra e paz», que dá corpo a ficção elegante, intrigante, extravagante e sem fronteiras.

 

 

romances de guerra e paz
O Fedorento
Rosemary Tonks
Tradução: Francisco Costa
Ficção / Romance
152 páginas · 15×23 · 16€
Nas livrarias a 18 de Abril

 

 

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