O Fim da Genética

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A genética humana tal como a conhecemos chegará ao fim em breve. Quem o afirma é David B. Goldstein, no ensaio O Fim da Genética – Concebendo o ADN da Humanidade, que agora chega a Portugal. Segundo o reputado geneticista norte-americano, os avanços da ciência irão permitir que, num futuro próximo, sejam os pais a decidir a composição genética dos seus filhos, evitando assim malformações ou mutações indesejadas. Porém, quais serão os procedimentos envolvidos? Será essa intervenção legítima? Que implicações terá? Estas são algumas das questões a que Goldstein responde neste livro, com a intenção de dar à sociedade civil as ferramentas imprescindíveis para participar, de forma esclarecida, no debate ético que a era da manipulação genómica irá levantar. Uma edição Guerra e Paz, traduzida por Mariana Mata, O Fim da Genética – Concebendo o ADN da Humanidade chega à rede livreira nacional no próximo dia 10 de Janeiro. 

 

«Todos nós somos portadores de mutações que podem causar doenças recessivas. Para cada uma delas, há 50 % de probabilidades de ser transmitida a um filho.» No livro O Fim da Genética – Concebendo o ADN da Humanidade, considerado «intrigante e perturbador» pela revista científica Nature, o geneticista norte-americano David B. Goldstein afirma que muitas das mutações responsáveis por «doenças genéticas devastadoras […], tais como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a doença renal e a insuficiência cardíaca, estão a ser identificadas em proporções cada vez maiores de indivíduos afectados».

 

O autor, que tem vindo a dedicar a sua carreira ao estudo de doenças causadas por mutações genéticas e ao desenvolvimento de tratamentos eficazes, acredita que, apesar dos incríveis avanços da medicina de precisão, «muitas das doenças mais devastadoras acabarão por ser “tratadas” não pela medicina de precisão, mas pela determinação cuidadosa dos genomas dos nossos filhos».

 

Não é ficção científica, é o fim da genética tal como a conhecemos. No livro, o co-fundador da Actio BioSciences e da Praxis Precision Medicines e antigo director do Instituto de Medicina Genómica da Universidade Columbia explica de que forma poderão os pais, num futuro próximo, decidir a composição do ADN dos seus filhos, evitando assim uma vida marcada por uma deficiência ou incapacidade que acarretará custos médicos elevados e um grande investimento emocional. 

 

«Sabemos neste momento que será possível gerar gâmetas humanos a partir de células adultas que são reprogramadas em células estaminais pluripotentes induzidas. E sabemos que essas células podem ser editadas através do CRISPR-Cas9 para células estaminais portadoras das desejadas alterações genéticas que os pais possam seleccionar antes da diferenciação em gâmetas.»

 

Acrescenta o pioneiro na história da genética moderna que «sabemos como é que isto pode ser feito. E ao sabermos como é que pode ser feito, sabemos que será feito.» Mas quando? Segundo o autor, num futuro próximo. «A investigação genética tem progredido mais rapidamente do que muitos geneticistas esperavam, eu incluído.» E até onde devem ir estas iniciativas? Poderão evitar também a doença de Alzheimer? Serão alargadas para a escolha de características não relacionadas com doenças, tais como a altura ou a cor dos olhos? 
 

Estas questões levantam um importante debate ético, para o qual, diz Goldstein, é importante «capacitar os não especialistas a desenvolverem as suas próprias opiniões», uma vez que caberá a todos nós decidir como será este novo tipo de genética. É esse o objectivo deste ensaio, que chega a Portugal numa edição Guerra e Paz Editores, tornando a ciência acessível a todos, ao explicar as bases da genética de forma simplificada, mas rigorosa. O Fim da Genética – Concebendo o ADN da Humanidade chega às livrarias de todo o país no próximo dia 10 de Janeiro, numa tradução de Mariana Mata.  O livro poderá ainda ser encomendado através do site oficial da editora.  

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O Fim da Genética: Concebendo o ADN da Humanidade                       

Autor: David B. Goldstein

Tradução: Mariana Mata

Não-Ficção / Ciência

168 páginas · 15×23 · 16,00 €

Nas livrarias a 10 de Janeiro

Guerra e Paz Editores

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