Nos onze anos de vida, que daqui a 4 meses passarão a ser doze, já tivemos reacções entusiásticas a algumas das nossas edições a que, se me autorizam, chamarei “livros de arte”. Mas, e não sei se é por estarmos ainda a sentir o calor do lançamento, nenhum arrancou aos nossos leitores, e aos amantes do livro em geral, tão viva aclamação como este “O Físico Prodigioso”, casamento da admirável novela de Jorge de Sena com a pintura de Mariana Viana.
Sabíamos que a ousadia do projecto e a capa dourada podiam gerar alguma reacção negativa entre os que acham que a obra de Sena é para ser lida em edições vetustas, ou pelo menos sóbrias, numa certa linha de “literatura escassa”; ou os que acham que o dourado – o ouro – é de mau gosto.
Com uma ou outra raríssima excepção, no entanto, os nossos leitores aderiram sem reservas ao luxo e à complexidade exuberante da construção do livro – que atinge, aberto, um metro de envergadura – e o dourado da capa e o azul com que se pintaram as faces do miolo foram percebidos como justamente adequados a uma novela inspirada em lendas medievais. Ou seja, os leitores e a crítica perceberam que as escolhas feitas estão intimamente ligadas ao conteúdo da obra, sem receio de ir em busca dessa beleza fulgurante que se encontrava nos Livros de Horas e nas iluminuras medievais.
Ao aplauso tem também correspondido – o que é essencial para um editor – as encomendas, com compras, quer em livraria, quer aqui neste site. As imagens que aqui se juntam, mais do que qualquer justificação, explicam a irresistível atracção dos leitores por este livro em edição limitada e numerada.
Ainda assim, junta-se aqui esta conversa do jornalista Luís Caetano comigo, na Antena 2, no programa Última Edição,