É sempre bom fazer listas. E há mesmo quem tenha o fetiche das listas. Esta, a lista dos 10 livros mais vendidos da Guerra e Paz, é para partilhar com os nossos leitores, porque foram eles que a construíram.
Nos primeiros quatro meses de 2018, foram estas as preferências dos nossos leitores nas compras feitas no nosso site
- Almanaque Português
- Dicionário das Palavras Soltas do Povo Transmontano
- Mein Kampf
- Capitão de Abril, Capitão de Novembro
- A Estrutura das Revoluções Científicas
- Manifesto Comunista
- História de Portugal em Disparates
- O Pequeno Livro Vermelho
- O Físico Prodigioso
- Uma Filha Nunca Esquece uma Mãe
Cinco novidades foram naturalmente dos que mais venderam: o Almanaque Português – livro mais prático, mais bem-humorado e mais nacional, não há – o Dicionário das Palavras Soltas do Povo Transmontano, a História de Portugal em Disparates (que nos faz pensar seriamente no ensino, fazendo-nos rir), o luxuoso e único Físico Prodigioso, de Jorge de Sena, com pintura de Mariana Viana e, para o dia da mãe, mas não só, Uma Filha Nunca Esquece Uma Mãe.
As grandes surpresas são as vendas da trilogia que marcou tragicamente a História do século XX – Mein Kampf, Manifesto Comunista e Pequeno Livro Vermelho – três livros que publicámos em edições profusamente ilustradas e devidamente contextualizadas, com informação histórica relevante sobre três pesadelos históricos, o nazismo, o comunismo e o maoísmo. O Mein Kampf e o Manifesto Comunista tiveram já reedições, tal foi a procura.
Muito gratificante é também verificar que, na comemoração do 25 de Abril, o livro de Rodrigo Sousa e Castro – um dos capitães da revolução – Capitão de Abril, Capitão de Novembro foi objecto de forte interesse e procura. Mas a maior surpresa é ver na lista um livrinho de filosofia, publicado em 1962, nos EUA, uma preciosidade de pensamento, argumentação e escrita – a Estrutura das Revoluções Científicas, o clássico de Thomas S. Kuhn, que desafiou a ideia de que a ciência progrediria normalmente por “desenvolvimento e acumulação” de factos e teorias, sustentando ao invés que o modelo conceptual de continuidade da “ciência normal” era sacudido e interrompido pela irrupção de períodos de “ciência revolucionária”.
É bom, dizemos nós, que de vez em quando um livro original venha também, inesperadamente, sacudir e interromper o que parece ser o quadro normal de leituras e de interesses. Há revoluções de que precisamos e se agradecem.