Olga Roriz

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Referência obrigatória na história da dança contemporânea em Portugal, na dupla condição de bailarina e de coreógrafa, Olga Roriz revela, numa entrevista biográfica concedida a José Jorge Letria, os momentos mais marcantes do seu percurso pessoal e profissional. Uma conversa que resultou no livro Olga Roriz: A Vida num Corpo Inquieto. A obra, editada pela Guerra e Paz Editores, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores, estará disponível na rede livreira nacional a partir do próximo dia 12 de Julho. 

 

Olga Roriz soube que queria ser coreógrafa antes mesmo de saber pronunciá-lo. Numa riquíssima conversa, em longo passo de dança, com o escritor e presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, José Jorge Letria, recordou o dia em que tudo começou: «Deveria ter uns cinco anos quando pus a seguinte questão à minha mãe: Quem é que faz a dança dos bailarinos? São os bailarinos, não são? Ela disse: Não, não, são os coreógrafos. Eu, que nem sequer conseguia dizer a palavra coreógrafo, disse: Eu quero ser isso!»

 

Esse sonho de uma menina minhota viria a realizar-se aquando da mudança da sua família para Lisboa. Êxodo que lhe permitiu estudar dança na escola do Teatro Nacional de São Carlos, com Anna Ivanova, e, mais tarde, completar a sua formação na Escola de Dança do Conservatório Nacional. 

 

Em 1976, aos 21 anos, Olga Roriz integra o elenco do Ballet Gulbenkian, sob a direcção de Jorge Salavisa, que recorda com carinho. Por lá construiu uma extraordinária carreira, primeiro como bailarina de topo e, depois, como coreógrafa exímia, tendo criado, em menos de duas décadas, mais de duas dezenas de obras, algumas das quais de grande projecção nacional e internacional. Trabalhos seus foram apresentados no Mónaco, com o Ballet de Monte Carlo, no Brasil, em Espanha, no Reino Unido, nos Estados Unidos e em Itália.

 

O trajecto da artista culmina com a criação da companhia à qual deu o seu nome, em 1995, e na qual continua, até aos dias de hoje, a fazer o que a apaixona: contar histórias através das suas coreografias, numa vertente pluriartística. Doutorada honoris causa pela Universidade de Aveiro em Dezembro de 2017, Olga Roriz é grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique e distinguida com inúmeros prémios ao longo dos anos, incluindo o Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores/Millenium BCP pela carreira de coreógrafa e bailarina.

 

Na entrevista a José Jorge Letria, que resulta agora no livro Olga Roriz: A Vida num Corpo Inquieto, relembra a sua infância, em Viana do Castelo, a história de amor dos pais, que marcou a sua vida, e os sacrifícios que ela e a família fizeram para que perseguisse o seu sonho. Apesar da longa adopção por Lisboa, Olga Roriz continua a considerar‑se uma mulher do Norte. Apresenta-nos também uma reflexão sobre o seu percurso, sobre a realização que sente na criação e expressão artística e analisa os desafios que o sector da cultura, e em particular da dança, enfrentam no presente e defrontarão no futuro. 

 

A transcrição desta deliciosa conversa, que inclui fotografias de arquivo dos momentos mais marcantes da bailarina e coreógrafa, Olga Roriz: A Vida num Corpo Inquieto, chega às livrarias de todo o país no próximo dia 12 de Julho. O 21.º  título da colecção «O Fio da Memória», resultante da parceria entre a Guerra e Paz Editores e a Sociedade Portuguesa de Autores, poderá ainda ser adquirido no site oficial da Guerra e Paz.

 

 

 

Olga Roriz: A Vida num Corpo Inquieto 

Diálogo com José Jorge Letria

Não-Ficção / Biografia

Colecção «O Fio da Memória»

152 páginas · 15×20 · 13,99 €

Nas livrarias a 12 de Julho

Guerra e Paz, Editores 

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