Os primeiros livros de Setembro

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São os primeiros quatro livros da nossa rentrée. Como se diz na imagem acima … e nem queira saber o que aí vem no dia 18. Primeiro conselho: queira saber, sim, que vale muito a pena, até para almas pequenas, quanto mais para leitores de alma grande.

Mas agora estão aqui quatro livros. Começo com Pequenas Histórias dos Grandes Clássicos da Literatura Portuguesa, uma antologia que revela o que muitas vezes está escondido debaixo do largo manto daquilo que julgamos que já conhecemos. Grandes autores portugueses, de Sá-Carneiro a Raul Brandão, de Florbela Espanca, a Camilo, Eça, Wenceslau de Moraes escreveram contos que ficaram escondidos atrás das grandes obras. São pequenos contos maravilhosos, que o organizador, o professor Victor Correia, reuniu num livro que é, em boa verdade, uma caixinha de jóias. Não é para ler, é para devorar.

José Jorge Letria, autor maior da Guerra e Paz, vem comungar connosco o fascínio que tem por um dos grandes reis de Portugal, El-rei D. Dinis. Numa prosa comunicativa e viva, Letria percorre a biografia do soberano, os seus dilacerantes conflitos político-familiares, as suas escolhas de governação, a relação com D. Isabel. D. Dinis, um Destino Português lê-se como se fosse deliciosa água para chocolate.

Bem sei que os jovens romancistas são negligenciados e se lhes presta pouca atenção mediática, mas eu gostava que não se viessem a arrepender daqui a uns anos de não terem prestado a devida atenção ao excelente Os Provocadores de Naufrágios, que João Nuno Azambuja escreveu para nos intrigar, pondo o Porto e um seu cidadão luso-alemão, Klaus Kittel no centro do furacão que foi a II Grande Guerra. É um romance extraordinário, a que eu chamaria um belo «labirinto literário», roubando uma expressão que o romancista e ensaísta Miguel Real utiliza no seu tão bom prefácio. 

E pro fim uma aposta louca da Guerra e Paz e do nosso romancista Peter Brooklyn: decidimos publicar um romance em francês. Queremos satisfazer a vontade do nosso autor e a comunidade francesa residente em Portugal. De Nova Iorque, o romancista francês Peter Brooklyn escreveu La Tentation de Lisbonne, um policial portuguesíssimo, sobre um banqueiro lisboeta encontrado morto na sua cozinha. Tudo se passa em Portugal, com os nossos inspectores a investigar, e tudo é escrito em francês, numa homenagem nossa a uma língua que também ajudou a educar artisticamente gerações de portugueses.

São os nossos primeiros quatro livros da rentrée. Vem aí uma nova vaga no próximo dia 18.

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