Persuasão

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Uma história de recomeços, Persuasão, o último dos romances escritos pela escritora britânica Jane Austen, conta-nos a história de Anne Elliot uma anti-heroína que demonstra que nunca é tarde para agarrar segundas oportunidades. Mesmo assumindo um tom mais terno e menos satírico do que em Orgulho e Preconceito, no que à moral e aos costumes do seu tempo diz respeito, esta não deixa de ser uma obra revolucionária para o contexto do século XIX, por representar homem e mulher como seres análogos. Pouco mais de dois séculos depois, e numa altura em que o romance inspirou um filme da Netflix, protagonizado por Dakota Johnson, é tempo de voltar a ler Persuasão, desta vez numa edição Clássicos Guerra e Paz com tradução e nota introdutória de Tânia Anica Fernandes. A obra estará disponível, quer na rede livreira nacional quer nas principais plataformas de distribuição de ebooks, a partir do próximo dia 26 de Julho.

 

Poucos meses depois da morte de Jane Austen, em Julho de 1817, o mundo viria a conhecer Persuasão, o último romance da brilhante escritora britânica, numa edição póstuma. Escrita na ressaca das Guerras Napoleónicas, a obra fala-nos do embate entre dois mundos: o da aristocracia, saudosista dos tempos passados, detentora até então de todos os privilégios, e o de uma nova classe que ascende, assente nas patentes militares e nas recompensas que recebe pela sua participação no esforço de guerra.

 

Considerado «o romance perfeito» pelo crítico literário norte-americano Harold Bloom, o livro viria a tornar-se numa das obras mais célebres da autora e terá sido idealizado e escrito, segundo a biógrafa Claire Tomalin, como «um presente para si mesma». Outro dado curioso foi a reacção da autora à sua própria obra. Segundo terá dito Jane Austen à sua sobrinha Fanny Knight, Anne Elliot, a protagonista de Persuasão, é uma «heroína quase demasiado boa para mim».

 

Mas o que teria Anne de tão especial? O facto de se ter negado a viver com o fardo de «ser uma solteirona», título pejorativo ao qual uma mulher solteira de vinte e sete anos não teria grandes hipóteses de escapar no século xix. Tudo começara há uma década, quando a protagonista fora persuadida pelo seu pai e por lady Russell a quebrar o noivado que havia firmado com o seu grande amor, Frederick Wentworth, por este não ter nem fortuna nem estatuto social. Os anos foram passando e Anne, acompanhada pelos fantasmas de todos os «ses», teve todas as oportunidades para se arrepender e resignar, mas ao invés disso, mostrou, como anti heroína que é, que nunca é tarde para viver.

 

Um clássico da literatura mundial, transcendente a qualquer corrente literária, Persuasão mantém, 200 anos depois, toda a sua intemporalidade, universalidade e inesquecíveis personagens. É por isso agora incluído na inconfundível colecção de Clássicos da Guerra e Paz Editores, com tradução e notas de Tânia Anica Fernandes, que chega à rede livreira nacional no próximo dia 26 de Julho. Além do texto integral, a edição inclui o ensaio de Virginia Wolf: «Jane Austen», editado em The Common Reader, First Series, de 1925.

 

 

 

 

Clássicos Guerra e Paz

Persuasão

Jane Austen

Ficção / Romance Estrangeiro

256 páginas · 15×20 · 16,00€

Nas livrarias a 26 de Julho

Guerra e Paz, Editores

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