Vamos sempre parar a casa de quem gostamos. Esta aventura – fazer uma antologia contemporânea da poesia romena – começou com um telefonema do poeta Dinu Flamand. Publiquei-o antes, depois de um telefonema de António Lobo Antunes, que me o apresentou com generosidade e apaixonada graça. Dine e António são casas de que se gosta e a que apetece voltar.
O Dinu falou-me, então, desse projecto ambicioso do Instituto Cultural Romeno. E eu deixei-me levar pela irresistível voz dele. Publiquei esta monumental Antologia que reúne 27 poetas romenos e gostava muito de a ver em casa de cada um dos leitores da Guerra e Paz. Por estas simples razões:
Por ser um livro lindíssimo, com uma capa que fomos roubar a Brancusi, à sua Mesa do Silêncio.
Por reunir 27 poetas e por estar a poesia romena habitada por uma vitalidade que é rara na literatura contemporânea, com traços da resistência ao comunismo totalitário, com uma ironia amarga que se roça por sonhos selvagens, quase exóticos, sempre autênticos.
Por estar admiravelmente traduzida, num belíssimo português, por Corneliu Popa.
Por ter dois dias – apenas dois dias, como numa sessão de lançamento, para a levar para casa com 50% de desconto.
O Instituto Cultural Romeno – o meu incansável amigo Gelu Savonea – pediu-me que fizesse um vídeo de telemóvel lendo um poema. Não resisti e aventurei-me. Ora vejam.