Foram ontem, dia 24 de Julho, conhecidas as cinco obras finalistas da edição de 2023 do Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz/Fundação Millennium BCP, que desde 2014 premeia autores portugueses com menos de 40 anos. Entre os finalistas estão dois autores da Guerra e Paz Editores já distinguidos pelo Prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal, atribuído pelo Distrito 115 (Portugal) do Lions Clubs International, com o apoio da Fundação Lions. São eles: Ricardo Lemos, com o seu romance de estreia Desaparecida, publicado em Agosto de 2021, e Catarina Costa, que após oito livros de poesia publicados, se estreou, em Agosto de 2022, com o romance Periferia. O vencedor do Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz/Fundação Millennium BCP 2023, que irá suceder a Frederico Pedreira, será anunciado em Setembro.
A História de Roma, de Joana Bértholo; Cadernos da Água, de João Reis; Desaparecida, de Ricardo Lemos; Grande Turismo, de João Pedro Vala; e Periferia, de Catarina Costa. São estes os cinco autores finalistas da edição de 2023 do Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz/Fundação Millennium BCP, galardão criado em 2014 pela Fundação Eça de Queiroz em parceria com a Câmara de Baião, com intuito de homenagear o legado de Eça de Queiroz e que, entre 2014 e 2020, distinguiu anualmente um jovem autor português pelo seu talento literário. Periodicidade que passou a bienal, desde 2021, ano em que a Fundação Millennium BCP passou também a patrocinar o prémio.
Entre os seleccionados, destaque para Desaparecida, obra de estreia de Ricardo Lemos, que surpreendeu e apaixonou os leitores em Agosto de 2021. A obra convida-nos para uma sedutora viagem entre o real e o imaginário, com histórias dentro de histórias. Superstições, milagres, embustes e aventureiros, pássaros, sinfonias, baleias e aguardente, assim se vive em Desaparecida, uma aldeia à beira-mar plantada, que gravita entre o imaginário e o real, com ecos que atravessam continentes e séculos e assombram a memória dos habitantes da aldeia.
Destaque também para Periferia, obra de Catarina Costa, que após oito obras de poesia publicadas se estreou na ficção distópica, género raro em Portugal e que a autora natural de Coimbra cultivou com mestria. Mergulhados numa atmosfera tensa e assustadora, acompanhamos a jornada de uma mulher que decide tomar as rédeas do seu próprio destino, num mundo tomado pelo totalitarismo.
Dois autores da Guerra e Paz Editores que felicitamos por esta nomeação e aos quais desejamos o maior sucesso. Esta é a segunda vez que a Guerra e Paz tem autores finalistas deste prestigiante prémio que homenageia um autor maior da literatura portuguesa. Em 2021, Mafalda Damas Revés, foi incluída na shortlist do prémio, com o seu romance de estreia O que Rasga o Céu.
No próximo mês de Setembro será anunciado o grande vencedor do Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz/Fundação Millennium BCP, que além da distinção, irá receber um prémio pecuniário no valor de dez mil euros.
Os jurados desta edição são o investigador Carlos Reis, o escritor Bruno Vieira Amaral, a crítica literária Luísa Mellid-Franco, a jornalista e crítica literária Isabel Lucas, e ainda Manuel Pereira Cardoso, do Conselho Cultural da Fundação Eça de Queiroz.