Autor(es): César Tomé
O krausismo – bebido em Direito, em Coimbra – influenciou de forma relevante e perene a forma de pensar e escrever de Eça. É esta a tese do presente ensaio. Trata-se de uma teia de reflexões que fazem confluir a literatura, a arte, o direito, a filosofia, a jusfilosofia, a política que marcaram o nosso rico e conturbado século XIX.
Eça de Queiroz licenciou-se em Direito, em Coimbra, entre 1861 e 1866, tendo exercido a advocacia, ainda que durante um curto espaço de tempo. Seu pai – José Maria de Almeida Teixeira de Queiroz – foi um probo juiz, procurador régio, jornalista e poeta. Foi magistrado em processos judiciais que empolgaram as décadas de 50 e 60 doséculo XIX. O avô – Joaquim José de Queiroz (e Almeida) – foi também um conhecido juiz de carreira e um activista político da causa liberal. Juristas e licenciados em Coimbra, compartilharam da sapiência de eminentes docentes de Direito, caso do incontornável Vicente Ferrer Neto Paiva, introdutor do krausismo em Portugal.
O krausismo – bebido em Direito, em Coimbra – influenciou de forma relevante e perene a forma de pensar e escrever de Eça.
É esta a tese do presente ensaio. Trata-se de uma teia de reflexões que fazem confluir a literatura, a arte, o direito, a filosofia, a jusfilosofia, a política que marcaram o
nosso rico e conturbado século XIX.
Uma visão diferente sobre a obra de Eça de Queiroz.