Realidade ou romance?

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Ontem foi um dia muito especial para a Guerra e Paz editores. Tivemos, no mesmo dia, duas apresentações. João Nuno Azambuja veio, de Braga a Lisboa, apresentar aos lisboetas o seu segundo romance, Os Provocadores de Naufrágios.

Basta olhar para a capa e logo se percebe que a II Guerra Mundial é o pano de fundo desse romance, que começa no Porto e que tem como protagonista um herói (ou anti-herói) chamado Klaus Kittel. O nosso autor, e o escritor e ensaísta Miguel Real atacaram durante a sessão dois mistérios: quem foi Klaus Kittel e o que é que Álvaro Cunhal tem a ver – e tem – com esta história. Mas, afinal, é romance ou é realidade?

Depois, à noite, num encontro semi-clandestino, com a FNAC aberta fora de horas, Luís Osório revelou, a cerca de 200 pessoas mais íntimas, o seu novo livro. Um livro inclassificável. É um testemunho e é literatura, mas literatura naquele estado que Michel Leiris advogava dever ser toda a literatura: quando escreve, o autor deve ser como um toureiro autêntico, deve expôr-se aos cornos do touro. Mãe, promete-me que lês tem essa ousadia, tem essa coragem, arrastando os leitores para uma tormenta emocional devastadora. É um testemunho intenso,a revelação de um universo povoado de mulheres, a começar por esse momento tão fundador como traumático em que um pai homossexual e uma mãe cega e obstinadamente apaixonada concebem um filho. Mas, afinal, é um testemunho real ou é romance?

Na FNAC do Chiado levantou-se a ponta do véu. Mas é no El Corte Inglès, em Lisboa, que Luís Osório vai pôr as cartas na mesa. Na 5ª feira, dia 20 de Setembro, às 18:30. Prepare-se para surpresas com drama. 

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