Revoltas Escravas

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Depois de ter granjeado grande reputação internacional no que à discussão sobre a escravatura diz respeito, tendo sido traduzido para inglês e publicado em Nova Iorque e Oxford, o ensaio Revoltas Escravas: Mistificações e Mal-Entendidos, do historiador João Pedro Marques, terá uma nova edição, revista e aumentada. Numa altura em que o tema tem vindo a ser, mais do que nunca, trazido para a praça pública pela cultura woke e pelos activistas anti-racismo, urge informar e documentar a sociedade civil para um debate que se quer anti-verdades absolutas e anti-cancelamento. Urge dar uma nova vida a uma obra de um especialista em história da escravatura que analisa e revela factos, sem recurso a catecismos. Revoltas Escravas: Mistificações e Mal-Entendidos chega à rede livreira nacional no próximo dia 14 de Junho, numa edição «Livros Vermelhos» da Guerra e Paz. 

 

 

Os escravos africanos terão sido os primeiros antiescravistas do mundo colonial moderno? A sua resistência terá sido a causa principal do fim da escravidão? As leis abolicionistas que os vários países ocidentais aprovaram a partir de finais do século XVIII terão sido apenas o capítulo final da épica luta antiescravista mantida pelas populações escravas ao longo de séculos? O historiador João Pedro Marques, especialista em história de África e história e abolição da escravatura, responde a estas e outras perguntas no livro Revoltas Escravas: Mistificações e Mal-Entendidos.

 

Publicada, pela primeira vez, em 2006, a obra mostrou que a maioria das grandes revoltas ocorridas até finais do século XVIII não foram antiescravistas, no sentido em que não tinham como objectivo a erradicação da escravidão, esclarecendo que, em quase todos os casos de revolta, muitos escravos preferiram permanecer leais aos seus senhores e muitas revoltas foram mesmo abortadas ou esmagadas no berço porque esses escravos – geralmente as mulheres – as denunciaram.

 

A edição no mundo anglo‑saxónico deu origem a um debate que teve repercussão no meio académico, suscitando réplicas de outros historiadores e estando na base de seminários de universidades norte‑americanas e europeias. Segundo o historiador norte-americano Ira Berlin, Revoltas Escravas assumiu «um papel central nos debates sobre a emancipação» dos escravos. 

 

Agora, a obra «reganha toda a actualidade», na opinião do autor, depois dos insistentes pedidos de revisões históricas e de «descolonização» dos manuais escolares, feitos pelos  activistas woke e anti-racismo. Segundo João Pedro Marques «uma das coisas que querem “descolonizar” é a narrativa a respeito da abolição da escravatura. Na sua perspectiva, ela teria acabado no mundo não, ou não apenas, por vontade abolicionista dos países ocidentais, coloniais e escravistas, mas por ter havido constantes resistências e revoltas escravas. Terão alguma razão nessa reivindicação? Assenta ela numa prova histórica suficientemente sólida ou é, apenas, mais um exemplo de uma teoria politicamente correcta que, no Ocidente, se procura fazer passar por verdade?»

 

Justifica-se assim, mais do que nunca, a reedição de Revoltas Escravas: Mistificações e Mal-Entendidos, numa versão revista e actualizada, que esclareça este polémico debate que tem vindo a agitar as hostes. A nova edição da obra chega à rede livreira nacional no próximo dia 14 de Junho, numa edição «Livros Vermelhos», colecção da Guerra e Paz que privilegia teses contra catecismos e o pensamento único. O livro poderá ainda ser adquirido através do site da editora. 

 

 

 

 

Revoltas Escravas: Mistificações e Mal-Entendidos 

João Pedro Marques

Não-Ficção / História

134 páginas · 15×20 · 14,00 €

Nas livrarias a 14 de Junho 

Guerra e Paz, Editores 

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