Rumo à Revolução

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O que aconteceu em Portugal nos três meses que antecederam a revolução de 1974? As respostas estão em Rumo à Revolução – Os meses finais do Estado Novo, um livro do investigador em História Militar, José Matos, e da jornalista Zélia Oliveira, que resulta de uma rigorosa e exaustiva investigação em arquivos nacionais e estrangeiros. A pressão internacional para a descolonização dos territórios ultramarinos, a cisão entre o regime e as forças armadas e a assunção da falência total da campanha portuguesa na Guerra do Ultramar pelo general António Spínola são alguns dos principais factos recuperados e analisados pelos autores neste documento essencial para compreender o princípio do fim do Estado Novo. Rumo à Revolução – Os meses finais do Estado Novo chega à rede livreira nacional no próximo dia 18 de Abril, numa edição Guerra e Paz com o alto apoio da Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril. A obra estará ainda disponível no novíssimo site da editora. 

 

Na antecâmara dos 49 anos da Revolução de Abril, que abre a porta à comemoração do cinquentenário da democracia em Portugal, José Matos e Zélia Oliveira apresentam-nos Rumo à Revolução – Os Meses Finais do Estado Novo, um livro de divulgação histórica que nos oferece um ângulo até aqui pouco explorado no que ao estudo e análise do século XX diz respeito. Dizem-nos os autores que o objectivo é «narrar os acontecimentos políticos vividos na fase final da ditadura portuguesa que conduziram à Revolução dos Cravos e à liquidação de um regime que não conseguia resolver os problemas mais prementes do país, especialmente a guerra ultramarina».

E que problemas foram esses? No livro, apoiado numa rigorosa investigação em arquivos oficiais de Marcello Caetano na Torre do Tombo, a que se juntaram as pesquisas no arquivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, em Paris, nos arquivos nacionais norte-americanos, em Washington D. C., e em jornais da época, podemos ver que, a poucos meses do 25 de Abril, Portugal procurava desesperadamente comprar armas para manter o conflito em África. Ao mesmo tempo, o regime de Marcello Caetano começara a sentir a pressão de alguns aliados europeus para resolver o problema da Guiné. É o caso da França, que via em Portugal «um Governo com a pena suspensa». E, segundo afirmam os autores, «tinham razão»: «O regime instaurado por Salazar quatro décadas antes estava prestes a cair pela mão dos militares», que também já haviam começado a conspirar contra o Governo.

O movimento já era imparável, e vai ganhar uma motivação suplementar em dois momentos. O primeiro em Fevereiro de 1974, com a publicação do livro Portugal e o Futuro, do general António Spínola, vice-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, que proclamou a impossibilidade de uma vitória militar na Guerra do Ultramar. O segundo, a 16 de Março, com a tentativa de golpe de Estado conhecida como «Revolta das Caldas», que levaria à prisão os militares revoltosos. Segundo Salgueiro Maia, «o levantamento [de 25 de Abril] fazia-se quanto mais não fosse para libertar os camaradas das Caldas da Rainha». Em suma, a partir do 16 de Março, estava dado o sinal de partida para a Revolução de Abril.

Não é por isto estranho pensar-se que, quando as tropas de Salgueiro Maia chegaram ao quartel do Carmo, no dia 25 de Abril, não foi preciso esperar muito para que o golpe se consumasse e Marcello Caetano entregasse o poder nas mãos do general Spínola. Afinal, quer o presidente do Conselho, quer o regime criado por Salazar 48 anos antes, estavam politicamente esgotados há muito.

Um livro para celebrar cinco décadas de democracia em Portugal, Rumo à Revolução – Os Meses Finais do Estado Novo chega à rede livreira nacional no próximo dia 18 de Abril, numa edição Guerra e Paz com o alto patrocínio da Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril. A obra estará ainda disponível no novo site da editora.

 

 

Rumo à Revolução – Os Meses Finais do Estado Novo
José Matos e Zélia Oliveira
Não-Ficção / História
248 páginas · 15×23 · 17 €
Nas livrarias a 18 de Abril

 

 

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