Sente-se a esta mesa

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A maravilha do mundo é que há sempre coisas novas entre o céu e a terra. E mesmo uma pequena editora, mesmo uma editora independente e quase familiar como a Guerra & Paz, é capaz de trazer uma pequenina coisa nova. Temos um novo site. Este! Exactamente este que estão agora a ver. É a nossa montra. Fizemo-la na esperança de servir melhor os nosso leitores. E quisemos que fosse montra, mas também uma mesa de café. Se tem mais um minuto, permitam-me, indefectíveis leitores e leitoras, que eu, editor, me confesse.

Quando eu era menino, as famílias saíam de casa, certas noites, só para ver as montras. O pouco dinheiro que havia, compensava-se com a alegria do que os olhos viam. A Guerra & Paz, agora, com este novo site, põe todos os seus livros na montra: para alegria dos vossos e dos nossos olhos. Esperamos que goste. Que goste muito dos Clássicos Guerra & Paz, que se encandeie com a luminosidade colorida dos Livros Amarelos, que se apaixone pelos nossos livros de Fernando Pessoa com capas em madeira. Veja bem, não lhe estamos a pedir – ainda – que compre seja o que for. Estamos só a pedir-lhe que goste, como quem gosta de ver montras.

É claro que, quando eu era menino, as famílias iam andando, avenidas fora, a ver as montras e depois cansavam-se. Precisavam de se sentar e havia sempre uma abençoada mesa de café que nos aparecia à frente. Era o momento mais bonito dessas saídas nocturnas. Bebia-se tudo, água mineral, refrigerantes, cervejas, até mesmo café. E o que fazia a felicidade da família era encontrar um empregado de mesa, às vezes um patrão, que metesse conversa e nos fizesse rir com histórias, dicas e truques.

Este texto que está a ler é nem mais nem menos do que uma mesa de café. Tem um nome – Livro, Labirinto e Letras – porque mesmo uma mesa pode muito bem ter um nome. Sente-se a esta mesa LLL. Eu, o editor da Guerra & Paz, hei-de vir aqui sentar-me consigo quase todos os dias. Trago-lhe histórias – prometo que lhe hei-de trazer também algumas dicas e dois ou três truques. Gostava muito que provasse as nossas águas minerais, os nossos refrigerantes, cervejas e cafés. Mas acima de tudo, quero que sorria um bocadinho e que, quando sair e voltar ao seu passeio pelas avenidas da vida, vá tão feliz como eu, menino, voltava feliz e cheio de sonhos para casa.

Manuel S. Fonseca

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